Covilhã: Críticas à maioria socialista marcam jantar de Natal da coligação “Juntos Fazemos Melhor”

As críticas à maioria socialista na Câmara Municipal da Covilhã dominaram as intervenções no jantar de Natal da coligação Juntos Fazemos Melhor. Os líderes concelhios do CDS e PSD, os lidesres distritais e o porta voz da coligação, Pedro Farromba, foram unanimes ao afirmar que o tempo veio provar que “juntos fariam muito melhor” do que aquilo que o PS está a fazer na gestão municipal.

António Freitas, líder concelhio do CDS foi o primeiro a intervir.


Fez um balanço positivo da coligação, afirmando que só poderá ser possível conquista a câmara no futuro “se continuarem unidos”, mostrando disponibilidade do CDS para o fazer.

Jorge Vaz, do PSD Covilhã, sublinhou que está na hora de “acabar com o estado de sítio a que o município chegou”, vincando que só a coligação é capaz de “inverter este estado de coisas”.

Apontou a perda de população, as dezenas de obras que estão anunciadas e cuja percentagem de execução é diminuta ou quase desconhecida e as promessas que ficam na gaveta.

Elencou ainda o caso da Barragem das Cortes que a gestão socialista deixou cair e agora reclama de novo, e o atual estado da saúde no concelho, onde cerca de mais 11 mil pessoas podem ficar sem médico de família. Questões que é preciso inverter, apontou

“O que nós queremos, e temos capacidade para conseguir mudar a Covilhã, é inverter um conjunto de situações com as quais não concordamos e que estão perfeitamente identificadas”. “Se nós não fizermos nada, se estas nossas vontades que estamos a referir não forem congregadas numa vontade de única mudança não vamos conseguir fazer alteração ao estado de sítio do município”, concluiu.

Celeste Capelo, em representação da distrital do CDS, fez um apelo à união, sublinhando que só estando “juntos é possível conseguir os objetivos”, recordando as alianças do passado com o PSD que deram vitórias eleitorais com as quais Portugal ganhou.

Luís Santos, líder da distrital do PSD, sublinhou que a coligação na Covilhã não se esgotou na noite eleitoral, apontando que continua a ter elementos que mantêm o mesmo entusiasmo de 2021, mostrando-se convicto que a Coligação “teria feito melhor do que o que o PS está a fazer na Covilhã”.

“Uma coligação que na altura e eu acredito que continua a dar e vai continuar a dar uma alternativa de entusiasmo e de esperança, uma alternativa que esteve muito próximo de atingir o sucesso com propostas ideias e mobilização”. Continuo a ver o mesmo brilho nos olhos de quem quer atingir o sucesso”. “Hoje, tenho a certeza, que juntos fazíamos muito melhor do que o que o Partido Socialista tem estado a fazer até aos dias de hoje”.

No jantar participou Hélder Amaral, vogal da Comissão Política Nacional do CDS que elogiou a coligação local, vincando que só “todos juntos” se consegue ganhar as próximas eleições, exultado o PSD, CDS e Iniciativa Liberal a conseguirem um projeto a que “os socialistas lúcidos da Covilhã se juntem para conquistar a Câmara”.

“Queria fazer um pedido inspirado no Papa Francisco. Todos, todos juntos, para ganhar as próximas eleições, e quase é uma obrigação que o façam em nome do futuro da Covilhã. É preciso o PSD, o CDS e Iniciativa liberal, mas também que os socialistas lúcidos adiram a esta solução”, disse.

Paulo Cunha, Vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, optou por elogiar o papel de oposição, sempre difícil, que a coligação está a desenvolver.

Para a região vinca que são precisas políticas de descriminação positiva a nível fiscal e também nos fundos de coesão, algo que o atual Governo PS não promoveu.

Chamou a atenção para o Ministério da Coesão, questionando “o que mudou em 8 anos?”

Realça ainda o “empobrecimento de cada vez mais portugueses” graças às políticas do Governo.

Vinca que o que está a acontecer na região, e no país, “é tão grave que nem era preciso fazer campanha para ganhar eleições, mas não é assim porque as pessoas não acham que esteja mal, ou pensam que podia ser pior”, disse.

“As pessoas habituaram-se a ser pobres, resignaram-se, desistiram de lutar por uma situação melhor. Para mim isto é muito preocupante. É contra isto que também temos que lutar. Perante as evidências as pessoas não conseguem extrair conclusões. O que está a acontecer ao país é tão grave, tão grave que me atrevo a dizer que nem é preciso fazer campanha para ganhar, mas as pessoas, mesmo assim, entendem que não estão mal, ou que poderia ser pior”, disse, concluindo que este estado de coisas “é preocupante”.

Pedro Farromba, porta voz da coligação encerrou as intervenções e apelou à união para ser alternativa governativa na Covilhã.

“Para sermos alternativa não basta apenas compreender o que não fizeram ou o que vão prometendo, sabendo nós que não fazem. Nós próprios temos de estar mais atentos, ter mais iniciativa, juntarmo-nos mais vezes e apresentar mais propostas e ideias porque, tenho a certeza, a Covilhã não nos perdoará se não conseguirmos construir juntos a alternativa”, disse.

Em jeito de crítica, frisando que o PS é governo na Câmara da Covilhã há 10 anos, questionou quantas estradas, quanta habitação social, quantas infraestruturas desportivas construiu, quantos metros quadrados de área industrial criou no concelho, quantos empregos, em empresas privadas, vieram por ação direta da CMC, o que fez em 10 anos fez para segurar pessoas nas freguesias, ou o que fez pelos transportes no concelho, concluindo “continuamos como estávamos”.

“Continuamos como estávamos: sem estratégia, sem rumo, sem saber para onde vamos, nem como vamos. Continuamos a viver à sombra de um alento conjuntural que vai gerando investimento, e bem, no concelho. Vivemos, ainda, no concelho, um medo atroz de opinar”, apontou o vereador.

Pedro Farromba, sublinhou o trabalho difícil em prol das pessoas que a oposição desenvolve, muitas vezes dificultado “pelo medo que existe em apontar situações”, realçou.

Para o futuro, mostra-se convicto que os três partidos que sustentam a coligação, PSD, CDS e IL “juntos ou separados serão Governo a partir de 10 de março”, vincando que é preciso exigir-lhes “mais recursos e melhores políticas para que o Interior renasça”, disse.