Plano de Valorização do Interior trouxe para o território mais de 6 mil milhões em investimento

Mais de 6 mil milhões de investimento e cerca de 30 mil postos de trabalho criados. Em linhas gerais este é o balanço feito pela Ministra da Coesão territorial, Ana Abrunhosa, do Programa de Valorização do Interior.

Ana Abrunhosa sublinha que foi graças à ponte feita pelo seu Ministério com os outros que foi possível incrementar o “Plano que já permitiu, com medidas dedicadas, trazer para o Interior investimento, na maior parte financiado por fundos europeus, no montante que ultrapassa os 6 mil milhões de euros e permitiu criar mais de 30 mil postos de trabalho”, sublinhou a governante, durante a cerimónia de apresentação do Concurso Público Internacional para a instalação de redes de banda que decorreu em Belmonte.


A Ministra recordou o sucesso dos programas de mobilidade para o Interior e de incentivo ao emprego +Coeso.

“Um aviso aberto em plena pandemia, com 90 milhões de euros e cuja procura superou os 600 milhões”, detalhou, o que significa que “as medidas dedicadas, e valorizadoras, do Interior são o caminho para inverter a situação e para voltar a ter vida económica no Interior”, vincando que mostra, também, “a vontade de muitos de viver, trabalhar e investir no Interior”.

Aponta que, só a medida trabalhar no interior, permitiu a mobilidade do litoral para o interior de 6 mil pessoas, apontando que as Beiras e Serra das Estrela e a Beira Baixa estão no top das regiões que mais captam gente para os seus territórios.

São razões que levam a “duvidar que haja, no futuro, um Governo sem o Ministério da Coesão Territorial”.

“Eu duvido que haja um futuro Governo que não tenha o Ministério da Coesão Territorial”, disse, afirmando que “é preciso cuidar da anulação das assimetrias que trazem descontentamento e é isso que leva muitos a dar respostas fáceis para problemas complexos”, algo que no seu entender não existe.

“Os problemas são complexos, as respostas são complexas e os resultados demoram a chegar. Não nos deixemos iludir com respostas fáceis porque isso não existe”, alertou.

Na sua intervenção, falando para os autarcas da região, sublinhou que valorizar o Interior “não é uma política de mão estendida, é criar riqueza no interior, é valorizar os recursos endógenos e diversificar a base económica da região”.

Nesta meta de valorização a Ministra aponta também a redução dos custos de contexto, caso das portagens, vincando que pela terceira vez o Governo baixa os preços.

“Cumprimos a promessa de diminuir os custos de contexto”, disse, vincando que na região “não há transporte coletivo em quantidade e qualidade”, exortando os autarcas a trabalhar em conjunto nesta matéria.

“A competência é vossa, o governo tem de ajudar, vai reforçar as verbas do antigo Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP), para que posam em conjunto trabalhar na oferta de transporte coletivo”.

Conclui que “há coisas que são fundamentais, como a acessibilidade, que não existe sem mobilidade, a habitação, as pontes com a academia e o criar condições para o investimento que cada vez mais procura estes territórios”.