“Casa para Viver”: 150 pessoas em lista de espera para habitação social na Covilhã

Neste momento, há 150 pessoas em lista de espera para habitação social na Covilhã, revelou Marisa Marques, porta-voz do movimento “Porta a Porta” na região, sublinhando a necessidade de se “acabar com os despejos” e “aumentar o parque habitacional público”.

Marisa Marques falava à margem da manifestação “Casa para Viver”, que decorreu ontem, dia 27, na Praça do Município, e contou com dezenas de participantes.  


“Tetos máximos para as rendas, limites no aumento das prestações do crédito à habitação e contratos de arrendamento longos e estáveis” são as reivindicações do movimento, disse a porta-voz, explicando que este “não é um problema apenas de Lisboa ou do Porto, mas transversal a todo o país, nomeadamente à Covilhã”.

“Em Belmonte, ainda encontrávamos casas a preços baixos. Hoje, não se encontra um T1 por menos de 600 euros. Na Covilhã, não difere muito o preço de um T3, T1 ou T0”, frisou.

Verónica Gonzalez abordou ainda o tema da rede de transportes públicos no Interior do país, que não é equiparada à das grandes cidades.

“Todas as pessoas têm de contar com uma despesa acrescida, que é a dos transportes. Eu posso morar em Lisboa e não ter carro, mas não posso morar em Belmonte, por exemplo, e não ter carro”, salientou.

Esta é já a terceira manifestação pelo direito à habitação, que acontece a nível nacional em várias cidades do país, incluindo na Covilhã.