Belmonte traça plano para ter mais turistas e durante mais tempo no território

A Câmara Municipal de Belmonte tem pronta a versão final do plano de recuperação turística do concelho que pretende implementar até 2027.

O conjunto de documentos foi entregue esta manhã aos vereadores, durante a reunião pública do executivo, será entregue aos eleitos da Assembleia Municipal na próxima reunião do órgão, sendo, posteriormente, apresentados publicamente.


Trata-se de um “plano interessante”, disse António Dias Rocha, presidente da Câmara Municipal, que não se quis alongar em pormenores, deixando maiores explicações para a apresentação pública.

Em declarações aos jornalistas no final da reunião sublinha que é um documento necessário, face à importância que o turismo assume na economia do concelho, sublinhando que o que se pretende é ter mais turistas e durante mais tempo no concelho.

“Prevê a possibilidade de ter mais camas, o que é uma necessidade; medidas para que os turistas fiquem mais tempo; medidas para revitalizar os museus, acompanhamento de turistas entre muitas outras”, disse. Realça que contém “um conjunto muito interessante de medidas que podem ser muito úteis para o futuro do concelho”.

Respeitando o que ainda existe de indústria e de agricultura no concelho o presidente vinca que “o turismo é uma das mais importantes facetas de Belmonte. É interessantíssimo e temos de o explorar e de acreditar que será uma fonte de riqueza e de bem-estar para as nossas populações”, disse.

Segundo revela o autarca o plano de recuperação prevê investimentos públicos, que estarão “dependentes das candidaturas que se possam fazer” e, principalmente, pretende captar investimento privado nesta área para o concelho, com enfoque numa grande unidade hoteleira, uma das grandes carências do concelho, sublinhou.

“Tem sido uma desilusão não ver ninguém que queira apostar num grande hotel em Belmonte, quando estamos abertos a isso, damos boas condições”, disse, sublinhando que a autarquia oferece o terreno.

O autarca explica que a autarquia fará a sua parte, continuando a apostar nos museus que já existem e na sua revitalização “para que os turistas fiquem mais tempo, e tentar que os privados apostem”.

Dá conta que há inúmeras pequenas unidades hoteleiras no concelho, com um total superior a 400 camas, “mas é preciso muito mais”, vinca.

Sobre a totalidade de investimentos realça que não está contabilizada. “Será muito dinheiro”, disse.

O autarca disse, ainda, que o plano não é estanque, sendo uma boa base para a discussão para que se encontrem as melhores formas de o executar e de dar ao turismo a importância que ele tem no concelho.