Cerzir Afetos: Primeira pedra para concluir “sonho de uma década na Boidobra” está lançada

A Cerzir Afetos IPSS da Boidobra, em cerimónia protocolar simbólica, lançou a primeira pedra para a construção do centro de dia e apoio domiciliário da instituição. Uma obra de 1,16 milhões de euros com capacidade para 30 utentes em cada uma das valências.

Um sonho com mais de uma década, que se iniciou quando a IPSS que existia na freguesia encerrou portas, deixando a população desprotegida, recordaram na cerimónia Paulo Jerónimo, presidente da Cerzir Afetos, e Marco Gabriel, simultaneamente presidente da Junta de Freguesia e da assembleia geral da IPSS.


“Podemos dizer agora que finalmente chegou o dia pelo qual todos esperámos durante vários dias”, disse Paulo Jerónimo, frisando que este será o “maior investimento público realizado na Boidobra nos últimos 30 anos”, destacando que “será um edifico bonito, moderno e inovador, como inovador será o serviço prestado à população”. “Um projeto de toda a freguesia”, sublinhou, apelando ao apoio de todos.

Agradecendo a todos os que contribuíram para aqui chegar, o responsável não esqueceu a questão financeira, sublinhando que a obra terá um costo de 1,16 milhões e que o PRR apoia com 488 mil euros e a CMC com 200 mil, faltando cerca de 320 mil.

“Uma tarefa difícil, mas não impossível”, disse, apelando ao “esforço de todos para transformar “o impossível em possível”, enumerando desde logo a Câmara da Covilhã e Segurança Social.

“Vamos precisar de si Sr. Presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, quando necessitarmos de equipar estas instalações que vão ser construídas. Vamos precisar de si, Diretor da Segurança Social, Nuno Maia, e da sua atribuição no máximo de acordos de cooperação que seja possível, quando tivermos de abrir as respostas sociais. Vamos precisar de todos vós para que dentro de um ano e meio estejamos todos juntos a inaugurar o centro de dia e o serviço de apoio domiciliário da Boidobra”, disse.

Marco Gabriel, como presidente da Junta de Freguesia, reafirmou o “orgulho no facto de a Boidobra ter sabido dar a volta por cima e não ter ficado a lamentar-se”. “Tenha conseguido com as suas gentes levar o objetivo a bom porto”, vincou.

Sublinhando que na sua dupla função “veste a mesma camisola, a das pessoas” pediu o apoio de todos.

“Ainda falta passar a palavra a muita gente, a sala hoje é pequena, mas precisamos de muito mais para levar a obra para a frente e pôr esta importante infraestrutura para a Covilhã, e para o concelho, em funcionamento”, apontou.

Nuno Maia, diretor regional da Segurança Social, mostrou-se convicto que, mesmo faltando financiamento, a instituição irá conseguir concluir o equipamento, sublinhando a importância das respostas sociais que a instituição irá proporcionar.

“São duas respostas na área da terceira idade, com uma importância muito grande. Não são só necessárias ERPIS, também são precisas respostas sociais que permitam às pessoas estar no seu ambiente o maior tempo possível e só recorram a ERPIS numa fase de maior dependência, por isso mesmo esta candidatura foi majorada”.

Em última nota deixou o voto de que “a primeira pedra lançada seja o princípio de uma grande instituição, de referência, na prestação dos cuidados a todos os seus utentes”.

Vítor Pereira, antes de rubricar o contrato pograma que prevê um apoio de 200 mil euros para a obra, sublinhou a importância do terceiro setor na sociedade, porque “ampara e é solidário”, frisando que a autarquia tenta acompanhar, “dentro das suas possibilidades”, esclarecendo que “este é o apoio possível”.

O autarca explica que, das 5 instituições do concelho com projetos aprovados da mesma natureza, a Cerzir Afetos é a que leva a maior fatia, por ser a que está a dar os primeiros passos.

“Quando somos mais débeis, precisamos de mais ajuda, e por isso estamos a tratar de forma desigual, o que é desigual”.

O autarca sublinhou ainda que se no futuro “houver dificuldades cá estaremos para robustecer este apoio”, disse.

Como primeira pedra foi colocado no terreno, cedido para Câmara Municipal da Covilhã para o efeito, uma cápsula do tempo com um jornal do dia, moedas em circulação, lista com os nomes dos corpos sociais e de todos os associados da instituição.