AF Covilhã e Canhoso aprova contas de 2023 e revisão do orçamento de 2024

A Assembleia de Freguesia da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso (UFCC) aprovou, por maioria, as contas relativas a 2023, na última reunião do órgão, que teve lugar ontem, dia 24.

Com um saldo de gerência de 76 mil euros, os documentos foram aprovados com seis votos a favor (PS) e sete abstenções (“Juntos, Fazemos Melhor” e CDU).


Na mesma reunião, foi aprovada, por maioria, a 1ª alteração orçamental de 2024, para a incorporação do saldo de 2023 no orçamento.

Carlos Martins, presidente da UF Covilhã e Canhoso, usou da palavra para referir que “existem Juntas de Freguesia que não gostariam de ter revisores oficiais de conta como membros da assembleia”, vincando que “não é o caso desta Junta de Freguesia”.

“Eu tenho o gosto e tem sido uma mais-valia para o executivo ter nesta assembleia pessoas competentes na sua área profissional. Tem dado um contributo humildade à Junta de Freguesia, no sentido de melhorar a apresentação das contas”, explicou Carlos Martins.

Para Sérgio Sousa, eleito pela coligação “Juntos, Fazemos Melhor”, o documento “peca por falta de apoio à cultura, educação e área social”, disse, salientando as baixas taxas de execução.

Luís Dias, da mesma bancada, salientou que “os problemas que foram identificados pela oposição, no ano passado, foram justificados pelo executivo este ano”.

“A garantia que os procedimentos de contratação pública estão agora em conformidade com as disposições legais significa que é um passo positivo rumo à transparência e legalidade na gestão da freguesia”, vincou.

O saldo corrente ascende a 67 mil euros e, para Miguel Fiadeiro, eleito pela CDU, é “dinheiro que não se gasta na valorização dos trabalhadores, verificando-se, uma vez mais, um saldo para a gerência seguinte de 76 mil euros, o que revela a incapacidade de investir, fazer obras, apoiar projetos e cumprir promessas que se repetem ano apos ano”.

À semelhança de Sérgio Sousa, também Miguel Fiadeiro destacou a “fraca execução orçamental”.

Sérgio Gaio, eleito pelo PS, referiu que, a esta bancada, “importa que os recursos económico-financeiros sejam geridos com rigor, eficácia e eficiência e, acima de tudo, dentro da legalidade”.

O socialista reconheceu, no entanto, que “nem sempre têm sido cumpridos alguns formalismos burocráticos aquando da prestação de contas, o que tem dado azo a uma narrativa de opacidade relativa ao exercício do executivo”.

“Desta forma, é denegrido o bom trabalho que tem sido realizado em prol das pessoas da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso”, disse.