Ministério da Saúde abre 43 vagas para fixar médicos na Beira Interior

O Ministério da Saúde anunciou, no passado dia 28, a abertura de 43 vagas com incentivos para fixar mais médicos na região da Beira Interior. No total, a nível nacional, serão abertas 322 vagas para zonas consideradas carenciadas, o que representa um aumento de 47 vagas em relação ao último ano.

De acordo com um despacho do Governo publicado hoje em Diário da República, a medida visa “reduzir as assimetrias que existem nas diferentes regiões, como as zonas periféricas e as zonas de maior pressão demográfica, que demonstram uma maior dificuldade na atração de novos profissionais”.


“Esta medida específica, que permite dar incentivos a quem se fixar em zonas carenciadas, contribui para a garantia do direito constitucionalmente consagrado de proteção à saúde, independentemente da condição social, económica e local de residência de cada cidadão”, sustenta.

Especificamente, a tutela abriu 15 vagas para a Unidade Local de Saúde (ULS) Cova da Beira, 18 para a ULS de Castelo Branco e 11 para a ULS Guarda.

Na Cova da Beira, abriram vagas para as especialidades de Anestesiologia, Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Interna, Psiquiatria, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Urologia e Medicina Geral e Familiar. Em Castelo Branco, abrem vagas para Cardiologia, Gastrenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Imunoalergologia, Medicina Intensiva, Medicina Interna, Ortopedia, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Radiologia, Urologia, Medicina Geral e Familiar, Saúde Pública. Para a Guarda, foram abertas vagas para Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Física e de Reabilitação, Neurologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Psiquiatria e Saúde Pública.

Segundo o Governo, a abertura de mais de 300 vagas possibilitará “uma maior equidade no acesso aos cuidados de saúde médicos, minimizando as assimetrias regionais que possam persistir, sobretudo em zonas mais periféricas ou de maior pressão demográfica”.

Considerando dar continuidade à política de contratação, retenção e valorização de recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Governo lembra que este trabalho de planeamento resulta “de uma reforma mais ampla” da organização das ULS.

De acordo com a tutela, a definição de zonas consideradas carenciadas assenta na percentagem do produto interno bruto (PIB) ‘per capita’, no número de trabalhadores médicos em função da densidade populacional abrangida pelo serviço ou estabelecimento de saúde e sua comparação com outros estabelecimentos do mesmo grupo, nos níveis de desempenho e, entre outras, na distância geográfica.