“A mudança não é votando no Chega ou no CDS, é votar numa equipa que está pronta e capaz de fazer a mudança”, disse João Morgado na apresentação da sua candidatura à presidência da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso.
O candidato também criticou o “silencio cúmplice” da “atual Junta socialista”.
“Como é que foi possível, que a atual junta socialista, tenha estado em silêncio durante todo este tempo, quando a cidade está virada do avesso? Como é que é possível que a junta socialista tenha estado num silêncio cúmplice quando a cidade não tem uma única casa de banho pública? Que a junta socialista tenha estado em silêncio cúmplice quando a junta do Canhoso está fechada, uma verdadeira vergonha. Como é que é possível que a junta socialista tenha estado num silêncio cúmplice a pensar no poder pessoal, a pensar no poder do partido e esquecendo as populações?”, questionou.
João Morgado referiu ainda que faltou visão, capacidade de movimentação e liderança à atual junta. Neste sentido, afirma querer ser o presidente “que rompe os silêncios, que impulsiona parcerias, que bate à porta da Câmara, do Governo ou da Europa” quando a “Covilhã e o Canhoso precisarem”.
João Morgado refere ainda três pilares em que a sua candidatura assenta.
O primeiro, intitulado de “Uma economia mais próxima”, pretende definir áreas de comércio de rua; impedir que espaços comerciais sejam transforados em pequenas habitações e tirar as pessoas dos centros comerciais para as ruas em mercados e feiras de verão.
“Queremos ruas vivas, lojas abertas e ideias novas. Queremos empreendedores locais. Queremos apoiar quem já cá trabalha e queremos atrair quem quer começar”.
O segundo pilar, intitulado “Uma geração mais preparada, uma freguesia jovem com futuro e oportunidades”, pretende desenvolver campanhas de prevenção da violência e fomentar uma cultura de respeito; desenvolver um conselho de juventude para que os jovens sejam ouvidos e fomentar a cultura.
“São jovens que estão na nossa equipa, não só para animar a campanha, estão na nossa equipa para serem eleitos. Vocês vão eleger jovens, porque os jovens não são o futuro, os jovens são o presente”.
O terceiro pilar, intitulado “Uma comunidade mais unida, uma freguesia que não deixa ninguém para trás”, pretende criar um gabinete social e uma rede de apoio com as diferentes entidades do concelho que atuam na área social e criar uma bolsa de estágios inclusivos para quem tem limitações.
Jorge Simões, candidato do PSD à Câmara Municipal da Covilhã, garante que a candidatura de João Morgado assenta nos mesmos princípios da sua candidatura.
“A candidatura do João Morgado assenta nos mesmos princípios que orientam a nossa candidatura à Câmara Municipal da Covilhã. Proximidade com os cidadãos, vivendo o dia a dia com as pessoas, ouvindo-as e respondendo com ações concretas e não com promessas vazias. Justiça social, porque sabemos que ainda existem zonas na cidade e no Canhoso onde faltam apoios, onde há isolamento, promessas esquecidas, falta de atenção e ausência de investimentos. Valorização do associativismo, da cultura de bairro, do desporto local e da juventude”.
Leonor Cipriano, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD Covilhã, reforçou a visão de João Morgado.
“A sua visão é clara, devolver credibilidade, autonomia e proximidade à Junta de Freguesia, colocando a política ao serviço de todos. Mais do que almoços, jantares ou fotografias precisamos de trabalho, iniciativa e coragem”.
Fernando Pinheiro, representante do movimento Covilhã Tem Força, movimento que apoia a candidatura, destacou que o apoio do movimento é mais do que um “gesto político”.
“O nosso apoio a esta candidatura é mais do que um gesto cívico, do que um gesto político, é um compromisso com um futuro sem, naturalmente, esquecer o passado”.
Fernando Pinheiro sublinhou ainda que João Morgado é um escritor premiado “traduzido em várias línguas, mas continuadamente esquecido na sua Covilhã”.
João Roque, representante do movimento jovem da candidatura referiu ainda as propostas da candidatura para a área que representa, como a atribuição de bolsas de mérito a estudante e distinções na área da cultura e associativismo, bem como a criação de um gabinete para aliar os cursos que são administrados na UBI às empresas, entre outras medidas, sublinhando a importância de apostar em políticas de juventude.
“Sendo esta uma candidatura por melhor Covilhã e mais Canhoso, não poderia deixar de ser uma candidatura da juventude, que olha para a juventude não como um entrave, mas como uma oportunidade de mudar a nossa freguesia. Investir em políticas de juventude é investir em toda a comunidade, porque se um jovem não sente que pode aqui construir o seu futuro de vida, é o pai, é a mãe, é a avó e o avô que perdem um ente querido, mas é também a freguesia que perde um potencial ativo para o futuro”.
A apresentação decorreu no passado dia 29, no Jardim Público da Covilhã ao final da tarde.