Mais de 100 antigos dirigentes e delegados sindicais de vários sectores do Distrito de Castelo Branco, não podendo ficar indiferentes ao assalto aos direitos dos trabalhadores que o governo PSD/CDS pretende com a apresentação de um anteprojecto de alterações à legislação laboral, decidiram subscrever um apelo aos trabalhadores e aos democratas, revela a União dos Sindicatos em nota de imprensa.
Realça que “o assalto em curso coloca em causa direitos duramente conquistados com a luta de gerações e gerações de trabalhadores e sindicalistas e que têm consagração na lei geral, na contratação coletiva e na Constituição da República Portuguesa”
Um documento que segundo os sindicalistas “ataca um conjunto alargado de direitos, e contém propostas que visam a perpetuação e agravamento dos baixos salários; promovem a desregulação dos horários; multiplicam os motivos e alargam os prazos para os vínculos precários; facilitam os despedimentos e limitam a defesa e reintegração dos trabalhadores; atacam os direitos de maternidade e paternidade; facilitam a caducidade e promovem a destruição da contratação coletiva e atacam a liberdade sindical e o direito de greve, impondo limitações que ferem de forma profunda estes direitos fundamentais”.
Perante isto, dizem os antigos sindicalistas: “não podemos e não queremos ficar indiferentes. Por isso, aqui estamos a repudiar as propostas do governo e a manifestar nossa disponibilidade para estar com os atuais dirigentes e delegados sindicais na luta que tem de ser forte, razão por que estamos a apelar à unidade, à resistência e à luta de todos os trabalhadores, sejam de que sector forem. Nesse sentido, desde já declaramos o nosso apoio a todas as ações de luta que a CGTP-IN venha a convocar, incluindo a Greve Geral, se necessário”.
No plano da luta mais próxima, os mais de 100 antigos sindicalistas apelam à participação na Marcha Nacional Contra o Pacote Laboral que se realiza em Lisboa, no dia 8 de novembro.