JSD contra isenção de exames nacionais para alunos do ensino profissional

A JSD Distrital de Castelo Branco não poupa nas críticas ao ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Em causa estão as alterações ao regime de acesso ao ensino superior para os alunos do ensino profissional.

Para a JSD “Manuel Heitor não vacila e persiste na sua senda de propor medidas avulsas para a flexibilização do ensino superior no nosso país”. Afirma em comunicado enviado aos jornalistas, que “o atual sistema de acesso às universidades portuguesas está longe de ser perfeito”, acrescentando que “é altamente injusto avaliarmos o percurso escolar de 12 anos dos jovens, exclusivamente através de provas escritas de duas ou três horas”. Contudo “os exames nacionais têm a grande virtude de avaliar de que forma alunos, professores e escolas são capazes de seguir o programa nacional das diferentes disciplinas”, e que desta forma se “cria uma base de normalização sobre quais são os conhecimentos que um aluno português deve ter adquirido, até ao seu ingresso no ensino superior” frisam no comunicado.


A JSD mostra-se “completamente contra a medida” agora proposta, afirmando que “não acreditam que desta forma se resolva o grave problema da falta de alunos, face ao número de instituições existentes no nosso país”.

Para a juventude socialista democrata distrital “os cursos de via profissionalizante não apresentam, por definição, vocação para formar alunos a ingressar no ensino superior. E é este facto que deve ser afirmado e defendido muito claramente”. Reitera que “a suposta injustiça reside no facto de estes alunos serem atualmente, por via dos exames nacionais, avaliados em matérias científico-humanísticas que, por defeito, não fazem parte da estrutura curricular destes cursos”. Acrescenta ainda que “assim foi pensado o sistema, tal como assim foram pensados os cursos técnicos superiores profissionais, em que muitos destes alunos acabam por ingressar”, questionando por isso “o que afinal está errado?”.

Para a JSD “devem ser criadas condições para que os jovens que concluem formações profissionais, possam encontrar no mercado de trabalho respostas para as suas valências”. Defende que “é essencial que o país consiga reformar o mercado de trabalho, de forma a absorver dignamente perfis de formação média”, frisando que “essas soluções jamais poderão passar pela fatalidade de ingressar no Ensino Superior, simplesmente porque o Governo é incapaz de propor medidas estruturadas de apoio à natalidade e de combate à precariedade dos alunos no Ensino Superior”.