“Propinas sim ou não?” foi o mote para o debate da tarde , no âmbito da 2º feira do livro entre Artes e Letras, realizada pelo núcleo de ciências da comunicação. A organização convidou para o debate o líder da JS João Marques, o da JSD Hugo Lopes e o presidente da AAUBI, Afonso Gomes.
O tema gerou controvérsia na mesa de debate, para Hugo Lopes, líder dos jovens social-democratas, as propinas devem manter-se porque são fundamentais no financiamento das instituições e salientou o caso da UBI “ a universidade vai acabar o ano com um défice de 4 milhões de euros, muito fruto de lhe terem retirado parte da sua receita financeira, que são as propinas”, frisa ainda que o grande problema da abolição é o facto de beneficiar os ricos e prejudicar os pobres, “ já que quem tem possibilidades para pagar mais, vai pagar menos, e quem já não tinha condições para pagar, vê um desconto, sendo que não é por esse desconto que vai ter condições para frequentar o ensino superior, isto porque esse valor, não foi aumentado nos complementos sociais, como as bolsas”, realçou o jovem da JSD.
Noutra posição encontra-se João Marques, líder dos jovens socialistas, afirmando que a juventude socialista defende a propina zero, desde a sua implementação, “uma vez que as considera um entrave à permanência dos alunos no ensino superior.” Defende ainda que “o modelo de sociedade e do papel do estado, é ver o ensino superior como um instrumento capaz de contrariar as desigualdades, e a nível ideológico entendemos que essa diminuição deverá ser progressiva e mais tarde a propina zero, cumprindo a ideia do ensino gratuito” afirmou o líder dos jovens socialistas.
Da mesma opinião que João Marques encontra-se o presidente da AAUBI, Afonso Gomes, que realça que “tem de se encontrar um caminho gradual, para se atingir a propina zero” e que “tem de se olhar para os estudantes como agentes do ensino superior e não como investidores diretos, aliviando a carga financeira de que as famílias são alvo”, disse o presidente da AAUBI.