Hospitalização Domiciliária no CHUCB já começou

Depois de ter assinado, em outubro, o protocolo com o Ministério da Saúde, juntamente com mais 23 unidades de saúde, o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira iniciou, este mês, um projeto que o presidente do Conselho de Administração considera “inovador”.

Trata-se de um modelo de prestação de cuidados em casa, que se afigura “como uma alternativa ao internamento convencional”. Neste caso, o doente, “estando em casa, com a sua família e a sua comodidade, tem acesso a todos os cuidados hospitalares, médicos e enfermeiros com visitas diárias e contato 24 horas”, explica João Casteleiro. Uma situação que tem que “partir da vontade do doente”, sendo condição necessária que este tenha “um cuidador que o acompanhe em todos os momentos”, adianta ainda o administrador.


Nem todos os casos estão aptos a entrar neste programa, o CHUCB tem uma equipa, constituída por médicos e enfermeiros, que fará a “avaliação do doente e das condições da habitação, entre outros parâmetros e só depois será tomada uma decisão”, explica ainda o presidente do Conselho de Administração, admitindo que “inicialmente haverá algumas renitências a este programa”, tal como os próprios administradores tiveram na altura em que lhes foi apresentado, “mas quando os esclarecimentos forem prestados, essa dúvidas serão dissipadas”.

Um programa de hospitalização domiciliária que visa, entre outros aspetos, reduzir “complicações e infeções hospitalares” salienta João Casteleiro ao afirmar que “não se pode ignorar que há muitas infeções que se apanham no hospital”.

O CHUCB tem 10 camas disponíveis para este programa e prevê tratar 200 doentes anuais nesta modalidade. “Exatamente os mesmos números do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra” salienta João Casteleiro, acrescentando que “é demonstrativo da vontade que existe de avançar com medidas pioneiras”. Para além dos benefícios para o doente, e familiares, o programa permite também “gerir melhor as camas disponíveis para o tratamento de doentes agudos no hospital”, conclui o administrador.