Ajardinar edifícios é o objetivo final de um projeto que investigadores da UBI estão a desenvolver, avançaram os responsáveis à agência Lusa. Uma das paredes do Arquivo Municipal irá testar o denominado “Geogreen+”.O projeto tem por base materiais reciclados e naturais, e irá desenvolver um sistema modular para ajardinar superfícies em edifícios.
Com a denominação “Geogreen+”, este projeto está a ser desenvolvido por uma equipa constituída por João Castro Gomes, docente do departamento de Engenharia Civil e Arquitetura da UBI, por Maria Manso, recém-doutorada em Arquitetura, e por estudantes dos cursos de Gestão e de Marketing, que estão a ajudar a desenvolver a componente comercial.
O sistema irá utilizar materiais naturais como aglomerado de cortiça. “Tem vantagens em relação a outros que já existem, porque oferece maior resistência térmica do que os atuais, é de fácil manutenção, pode ser facilmente desmontado e substituído e tem vegetação autóctone”, refere o docente da UBI.
Entre as vantagens do sistema estão as relacionadas com as questões ambientais, uma vez que esta solução usa materiais naturais e que têm uma “pegada de carbono muito baixa”.
Depois de terem realizado uma série de testes em laboratório e de terem criado um protótipo, os autores do projeto pretendem avançar com a fase de certificação do produto. Para isso, deverão estabelecer parcerias que permitam realizar os ensaios necessários para comprovar os resultados obtidos em laboratório, tais como, que o material tem resistência mecânica, que funciona como um bom isolamento térmico, que também contribui para o isolamento acústico e que tem durabilidade, entre outras.
Ainda durante a primavera, um protótipo do “Geogreen+” será instalado em uma das paredes exteriores do Arquivo Municipal da Covilhã, operação que será realizada com o apoio da autarquia e da empresa Águas da Covilhã (AdC).