Resultados Europeias: a análise dos partidos

Começando por falar da abstenção, que, apesar de ter diminuído de 2014 para o ato eleitoral de ontem, passou de 66%, para 64,4%, é considerada “preocupante” por todos os partidos.

Vítor Pereira, líder da concelhia da Covilhã do PS, considera que é preciso fazer “mais para que os cidadãos se consciencializem da importância da Europa e destas eleições, na vida de todos”. Para o líder rosa no concelho, “cabe também ao estado demonstrar à população a importância destas eleições”.


Vítor Reis Silva, da CDU considera que “o afastamento dos eleitores reflete a falta de empenhamento de alguns partidos políticos, para a mobilização do seu eleitorado”, referindo que “mesmo em época de campanha não se viram na rua”, reconhecendo que apesar de a CDU ter estado no terreno, “não conseguiu mobilizar o eleitorado” e a abstenção também “nos penalizou”, reforça.

Rui Lino, do Bloco Covilhã, considera que é “preocupante o nível de abstenção” e que os números devem “levar a uma reflexão profunda por parte dos partidos”, mas também do próprio Parlamento Europeu, que “deve estar mais próximo da população e não estar tão isolado no Parlamento”.

Preocupação foi também a palavra escolhida por João Vasco Caldeira, do CDS. Para o centrista “é preocupante que um terço dos eleitores decida por dois terços”, acrescentando que “é algo que deve preocupar todos os partidos para se perceber o que estamos a fazer de errado”, sublinha.

Já sobre os resultados, Vítor Pereira, do Partido Socialista salienta o “reforço da maioria PS, na Covilhã”, relativamente a 2014, considerando de realçar a subida do Bloco de Esquerda e a redução da votação no PCP. Para Vítor Pereira “é inequívoco o reforço do PS e a confiança depositada no partido e nos seus candidatos”.

Vítor Reis Silva considera que “o PSD e o CDS foram os grandes derrotados nas eleições”, sem esconder “que a CDU, à semelhança do todo nacional, na Covilhã também não atingiu o objetivo”. O comunista aponta o dedo às televisões “pelo tratamento diferente que teve o partido” e também à campanha caluniosa orquestrada contra o PCP”.

O Bloco foi um dos vencedores da noite, “fruto do seu trabalho empenhado”, afirma Rui Lino, acrescentando que “os portugueses e os covilhanenses perceberam que é necessário na Europa, alguém que as represente” e defenda as “propostas concretas que apresentaram na campanha”.

Já João Vasco Caldeira, líder da concelhia do CDS, “lamenta que não tenham conseguido o segundo deputado”, objetivo traçado e não atingido, reforça. A nível local considera que “o resultado não foi animador”, algo que irão analisar internamente para “inverter no próximo ato eleitoral”

O PSD Covilhã, contatado pela Rádio Covilhã remeteu o comentário às Europeias, para o programa “Praça Pública”, da próxima sexta-feira.