CMC quer rever contrato de concessão e diminuir valor do saneamento

“O que encarece a fatura da água na Covilhã é o saneamento e a autarquia tem intenção de mexer nessa concessão”, disse aos jornalistas José Miguel Oliveira que falava numa conferência de imprensa na empresa Águas da Covilhã (AdC).

Questionado na qualidade de vereador sobre eventuais alterações no preço da água cobrado ao consumidor, José Miguel Oliveira destacou que o atual executivo já realizou uma revisão e “reiterou que o maior peso na fatura da água está relacionado com o saneamento” que “a autarquia tem intenção de rever”. Reforçou que na Covilhã se paga quase o dobro do valor de saneamento das autarquias vizinhas que integram outros sistemas e afirmou que “é intenção da autarquia mexer no contrato de concessão e reduzir o saneamento aos covilhanenses”.


Já sobre a quantidade de água nas torneiras, “mesmo que as condições climatéricas se mantenham e a chuva continue insuficiente a Covilhã tem reserva de água, para um consumo e condições normais, até fevereiro”, garantiram na conferência de imprensa António Garcia, administrador da AdC e José Miguel Oliveira, administrador executivo.

Os dois responsáveis esclareceram que em 30 de agosto a Barragem do Viriato, nas Penhas da Saúde, principal fonte de abastecimento de água para a cidade, estava a 65% da capacidade, “o que permite, em condições normais, mesmo que não chova, abastecimento até ao Carnaval”, frisaram.

Segundo referiram, “estão a monitorizar a situação e se, entretanto, não chover serão adotadas outras medidas extras”, como por exemplo “ir buscar água ao rio Zêzere”, reforçou José Miguel Oliveira, referindo que já em 2017 foi necessário recorrer a essas medidas.