Estudantes de Medicina podem aceder a processos clínicos

Os estudantes de medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI contam, a partir desta sexta-feira, 6 de dezembro, com mais uma ferramenta para a sua evolução.

A assinatura de um protocolo entre a Universidade da Beira Interior, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira e as Unidades Locais de Saúde de Castelo Branco e Guarda, permite que os estudantes possam criar um perfil para “terem acesso à plataforma Sclinico Hospitalar”, onde constam os dados clínicos do SNS.

Para os responsáveis pelas unidades de saúde “o acesso dos estudantes era uma necessidade” para poderem evoluir nos seus estudos.

Vieira Pires da ULS de Castelo Branco considera que a partir de agora “se irá trabalhar com mais transparência” pois os alunos “deixam de ter que recorrer a terceiros para aceder a processos clínicos”, o que “também acarreta uma maior responsabilidade” para os alunos.

Para além da responsabilização que a criação do perfil e o acesso próprio acarreta, João Casteleiro, do CHUCB, salienta também “o melhor acompanhamento” que se pode fazer dos futuros médicos “uma vez que será possível monitorizar os processos a que acederam e aferir que patologias acompanharam”, o que pode ser “mais um componente para a sua avaliação”, frisou.

O protocolo abrange as 3 unidades associadas da Faculdade de Ciências da Saúde e vem no seguimento da “necessidade manifestada pelos alunos de acompanharem os processos eletrónicos” disse Henrique Martins, presidente do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

“Esta é a forma legitima e bem regulamentada de os estudantes acederem à informação”, frisou salientando que “sem este perfil, os alunos acediam muitas vezes com passwords de outros o que não permitia saber quem acedia ao sistema”, o que “não é aceitável” referiu.

Para o responsável “é importante que o cidadão comum saiba que a informação que presta” quando é atendido no Serviço Nacional de Saúde, será também acedida por alunos, “que precisam dela para aprender”.

O protocolo prevê que seja aplicado aos estudantes de medicina o mesmo grau de sigilo médico que se aplica aos profissionais de saúde.

De resto, Miguel Castelo-Branco, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde frisa que todos os alunos da faculdade “fazem esse juramento de confidencialidade logo no primeiro ano”.