618 pessoas já assinaram, on-line, a petição para remoção de amianto da Escola Pêro da Covilhã. O abaixo-assinado “é um direito de quem está preocupado com a situação” disse à Rádio Covilhã o diretor do agrupamento, salientando no entanto que “não tem conhecimento oficial de nenhum estudo, que comprove que os níveis de gases, como o radão (por exemplo), sejam superiores aos da natureza”.
Jorge Antunes “confirma” que “há placas de fibrocimento com fissuras”, avançando que, todos os anos, “a escola gasta alguma verba para corrigir essa situação, para a água não entrar dentro das salas de aula”, mas vinca que não pode “corroborar o que está escrito” sobre a perigosidade a que a comunidade escolar está exposta.
Para o responsável esta é uma “preocupação antiga”. Recorda que “desde 2003 reclama estas obras” e que algumas placas já foram substituídas entretanto, uma vez que “voaram aquando de uma intempérie”.
Sem exprimir apoio à iniciativa, explica que teve conhecimento prévio da intenção de “duas mães”, que em reunião com outros pais “decidiram avançar para a petição”, que considera “um direito que lhes assiste e não tem nada contra tal atitude”.
A recolha de assinaturas on-line, para enviar ao presidente da Assembleia da República, Ministro da Educação, Delegada Regional da Educação do Centro e presidente da Câmara Municipal da Covilhã, teve início a 6 de fevereiro. Foi lançada “pela comunidade escolar” e pretende “a proteção imediata de alunos, corpo docente e auxiliares” devido à “exposição diária ao amianto”.
No texto da petição denuncia-se “o gravoso estado em que se encontra o edificado da escola” face a esta problemática, com coberturas “de fibrocimento danificadas” que expõe a comunidade escolar e a envolvente ao perigo. Afirma-se que urge proceder à “integral remoção das coberturas, cumprindo-se a legislação de 2011, com a substituição por materiais não danosos à saúde pública”.