Covilhã e mais 8 municípios do Centro pedem conclusão dos IC6, 7, 12 e 37

Nove municípios do Centro, entre eles a Covilhã, pediram ao Governo a concretização urgente dos Itinerários Complementares (IC) 6, 7 e 37, e a conclusão do IC12, no âmbito da Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030.

A reivindicação, tomada no âmbito da discussão pública promovida pelo Governo, é feita pelos municípios da Covilhã, Seia, Gouveia, Viseu, Carregal do Sal, Nelas, Mangualde, Coimbra e Oliveira do Hospital.

As nove autarquias solicitaram a “concretização urgente dos eixos de coesão territorial e desenvolvimento IC6, IC7 e IC37”, designados Itinerários Complementares da Serra da Estrela, bem como a conclusão do IC12, entre Canas de Senhorim e Mangualde.

No documento, os autarcas apresentam ao primeiro-ministro António Costa a sua expectativa para que os eixos territoriais de coesão associados aos IC6, 7 e 37 “possam finalmente, com justiça, ser concretizados e assumidos” como “elementos fundamentais de desenvolvimento do vasto território compreendido entre Coimbra, Covilhã e Viseu”.

Justificam que a concretização destes eixos, num investimento global de 500 milhões de euros, “cuja maturidade ao nível dos estudos e projetos permite a prossecução imediata do procedimento concursal de execução, é fundamental para mitigar os défices de integração espacial, económica e social que ainda se verificam nesta área do território regional e são decisivos para o seu desenvolvimento”.

“Só com a resolução do défice estrutural de acessibilidade nestes territórios será possível dinamizar o desenvolvimento socioeconómico da Serra da Estrela e dos eixos urbanos territoriais associados à estrada da Beira e na ligação dos três importantes polos urbanos Coimbra, Viseu e Covilhã”, fundamentam.

Segundo o documento a que hoje a agência Lusa teve acesso, os subscritores consideram também que os IC6, 7 e 37 “são determinantes para proporcionar um novo enquadramento competitivo às empresas instaladas e a instalar, designadamente associados às fileiras do queijo, do calçado e têxteis, do pão, da madeira, dos produtos locais, bem como do acesso dos cidadãos aos serviços de saúde, educação, cultura e desporto”.

O documento, enviado por via eletrónica no último dia da consulta pública da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030”, foi também entregue pelo presidente da Câmara Municipal de Seia, Carlos Filipe Camelo, ao primeiro-ministro, em Coimbra, na segunda-feira, no decorrer da conferência nacional do PS “Recuperar Portugal”.