A União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB) insta a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela “a repor os descontos no preço dos passes sociais até final de março”. Findo esse prazo os sindicalistas aplicarão “o velho e sempre atual princípio do “quando Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé””, afirmando que “não vão permitir mais distorções e ou atropelos ao princípio fundador do PART, Programa de Apoio à Redução de Tarifários nos Transportes Públicos”.
Em nota de imprensa a USCB, recorda que do gabinete do Secretário de Estado da Mobilidade, recebeu a informação “que estavam reunidas as condições legais para a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) financiar os serviços de transporte público essenciais e promover as políticas tarifárias que considera mais adequadas para os seus territórios…”.
No entender dos sindicalistas, este esclarecimento significa que “a CIM-BSE deve proceder à reposição dos descontos no preço dos passes sociais”.
Uma situação a que a Comunidade Intermunicipal “respondeu através de ofício onde afirma que “a requerente faz confusão entre apoiar passes, por um lado e por outro, conforme comunicação de 04/01/2021, “[…] garantia da manutenção e reforço dos níveis de serviços de transportes ocorridos em 2020”, que é precisamente o que a CIMBSE tem vindo a fazer com a continuação do financiamento do transporte público rodoviário de passageiros, durante o ano de 2021…”, cita a nota de imprensa.
Uma “resposta elevada de “esperteza saloia””, considera a USCB afirmando que “não fizemos qualquer confusão e nem somos confundíveis”, frisando ainda que “pela leitura da resposta da CIM-BSE, vemos que esta, em vez de responder claramente à nossa pergunta, opta, como tem feito, por fugir à questão central e refugia-se num argumentário que só comprova que a CIM-BSE (ou alguns dos seus membros) pensa continuar a tirar aos pobres (os utentes dos transportes públicos) para dar aos ricos (as empresas transportadoras) ”.
A USCB “reafirma” que não vai “permitir mais distorções e ou atropelos ao princípio fundador do PART, assumindo que a “luta é uma maratona e dura até ter resultados positivos”, relembrando ainda que “este ano há eleições autárquicas e disso não nos vamos esquecer”, conclui.