Covilhã: Executivo aprova moção que condena exploração mineira na Argemela

O executivo municipal da Covilhã aprovou, por unanimidade, uma moção que condena a exploração mineira na Serra da Argemela. Maioria e oposição uniram-se para condenar a extração mineira que será “lesiva para as populações”, disseram.

No habitual encontro com os jornalistas no final das reuniões privadas da Câmara Municipal da Covilhã, Pedro Farromba, em nome dos vereadores eleitos pela coligação Juntos Fazemos Melhor (CDS/PSD/IL), avançou que este foi um dos temas que abordaram no período antes da ordem do dia, por entenderem que “o contrato assinado é lesivo para as populações, prejudica e muito o modo de vida de toda aquela zona e vai deteriorar os acessos, esventrando a Serra da Argemela”, vincou.


Pedro Farromba defende que para além dos “contactos formais” que a Câmara fez, e dos “pareceres negativos que emitiu que não são vinculativos”, deve contactar o Grupo de Preservação da Serra da Argemela para, em conjunto, “ainda de alguma forma fazer retroceder este processo”. Garante ainda que os 3 vereadores eleitos pela coligação se “solidarizam com as populações”, garantindo que “tudo irão fazer para que estas sejam ouvidas” e “o atentado contra o património natural” não aconteça.

Vítor Pereira reitera que a posição da Câmara “não é nova”, frisando que o município “está ao lado das populações” e tudo fará para “travar esta mina a céu aberto”.

O autarca sustenta que a moção que propôs, e que foi aprovada por unanimidade no executivo, vai no sentido de “tudo continuar a fazer”, ajudando a associação que “defende esta nobre causa”, e estando ao lado da população” com o objetivo final de “conseguir que ali não tenha lugar qualquer exploração”.

Mostrando-se “expectante” com a avaliação que as entidades ligadas ao ambiente irão emitir, sustenta que “infelizmente” os pareceres do município da Covilhã não são vinculativos nesta matéria.

Vítor Pereira explicou ainda que “em todos os fóruns” em que teve oportunidade de usar da palavra sempre se manifestou contra esta exploração, frisando também que já abordou o tema “por diversas vezes” com membros do governo.

Explica ainda que “estão em estudo, frentes de trabalho, complementares às que têm tido, no sentido de atingir esse objetivo”, mas não quis concretizar quais, frisando que “carecem de análise técnica” e em função dessa anunciará “em concreto” o que fazer para “auxiliar as populações nesta luta”, disse.