Projeto artístico-social Veleda superou objetivos e vai criar grupo de teatro

O projeto artístico-social Veleda – mulheres e monoparentalidade, dinamizado pela Associação de Desenvolvimento Local Beira Serra e Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã, nos últimos 3 anos, encerrou na sexta-feira com uma sessão de reflexão e debate no Teatro Municipal da Covilhã.

Ao longo da tarde, algumas das mulheres participantes deram o seu testemunho, enfatizando o que “provocou” nas suas vidas a participação neste projeto. “Para mim foi como o sapato da Cinderela”, “uma rede de suporte muito grande”, “um autoconhecimento que faz a diferença”, foram algumas das frases que se ouviram.


Marisa Marques, da associação Beira Serra, sustenta que o projeto “foi muito enriquecedor”, principalmente devido “à partilha com outras instituições”, vincando que este é um “marco”. A responsável avança que “os grupos Veleda”, enquanto suporte, vão continuar e o Grupo de Teatro criado “vai sedimentar-se no futuro”, explicou.

Sílvia Pinto Ferreira, da Quarta Parede, não tem dúvidas que “foram além dos objetivos que se propuseram”.

“Se deste projeto conseguirmos continuar com um grupo de mulheres que quer fazer teatro e que se abre a outras mulheres, acho que sim, fomos além do que nos propusemos no início”, frisa.

Recordando que o projeto partiu da vontade de trabalhar com mulheres em situação de monoparentalidade, com o objetivo de as “emancipar e dar luz aos seus problemas, alimentar o debate publico em torno deste tema e de certa forma influenciar as agendas politicas”, destaca que “se conseguiu esse objetivo.

O projeto foi pensado para 2 anos, acabou por decorrer ao longo de 3 anos devido à pandemia, e olhando para trás, a responsável aponta que se “conseguiu muito e ainda vamos conseguir mais”, frisa Sílvia Pinto Ferreira.

O projeto Veleda acontece no âmbito do PARTIS – Práticas Artísticas para Inclusão Social, que apoia os melhores e mais inovadores projetos de integração social pela prática artística, seja nas áreas das artes visuais, performativas ou audiovisuais, é apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Decorreu nos municípios da Covilhã, Fundão e Belmonte.