Juntos Fazemos Melhor: “Covilhã está parada há 8 anos e 100 dias”

“O concelho da Covilhã está parado há 8 anos e 100 dias”. Este é o balanço que os vereadores da coligação “Juntos Fazemos Melhor” fazem de 100 dias de exercício de vereação.

“Se durante a campanha dissemos que o concelho estava parado há 8 anos, agora são mais 100 dias”, destacou Pedro Farromba durante a conferência de imprensa para assinalar a efeméride, em que esteve ladeado pelos eleitos da coligação que, em regime de rotação, exercem o cargo. Acusa a câmara de fazer apenas “gestão corrente”, sem “visão e estratégia”, limitando-se a viver de “15 em 15 dias a reboque dos alertas da oposição”, concluindo que “esta gestão camarária é apenas um cata-vento municipal”.


Durante a intervenção o vereador acusou ainda Vítor Pereira, presidente da CMC, de “desrespeito pela oposição”, dando como exemplo o facto de não ter dado conhecimento da distribuição de pelouros aos vereadores da oposição, que tiveram conhecimento do tema pela comunicação social.

Um desrespeito que também aconteceu quando ouviu os partidos da oposição sobre o orçamento, enviando poucas horas depois a versão final dos documentos, acusou Pedro Farromba.

Falta de respeito que se denota, também, na falta de convites para participar em atividades promovidas pelo município, e o mesmo quando “proíbe os vereadores de falarem com os técnicos” ou “pela ausência de resposta aos requerimentos apresentados”, o que, avança o vereador, “já motivou uma queixa junto da comissão de acesso aos documentos administrativos”, disse

De entre os alertas da oposição a que fez alusão, destaca a questão da recuperação dos parques industriais do Canhoso e Tortosendo, “cujo estado de degradação e falta de manutenção, levou a que as bocas-de-incêndio não funcionassem, na última semana no PI do Canhoso, claramente por falta de cuidado desta Câmara, pondo em risco a vida de pessoas e bens”, acusou.

Pedro Farromba sustenta ainda que foi depois de questões colocadas pela oposição que a autarquia avançou com dossiers como o Pavilhão do Inatel, ampliação da sede do Grupo Humanitário de Dadores de Sangue da Covilhã ou da necessidade de requalificar a secção de obras do município.

Enumerou ainda os vários alertas da coligação para a necessidade de melhoria das ligações viárias no concelho, mostrando estranheza com a resposta da autarquia de que “não se pode arranjar estradas no inverno”.

As intervenções nos postos da GNR no Tortosendo, Paul e Unhais da Serra, as dificuldades de transporte para vacinação contra a covid-19 das freguesias mais distantes, foram outros dos alertas da oposição, recordando também a proposta para a transmissão on-line das reuniões de câmara que, também, foi chumbada.

A abolição de portagens e o protesto contra a prospeção de lítio, o centro de recolha animal da Instinto são outros dossiers que Pedro Farromba destaca nas intervenções da oposição, bem como a “utilidade questionável” do portal Compras na Covilhã.

O encerramento dos elevadores públicos, transportes públicos sem solução definitiva, o preço do fatura da água que “continua a ser o mais caro da região”, são exemplos de “um deixa andar que já dura há 8 anos e que vai continuar durante mais 4”, concluiu Pedro Farromba.