Oficinas Municipais da Covilhã sem condições. “Se fossem privadas estavam encerradas”

Os vereadores da oposição (Juntos Fazemos Melhor) na Câmara Municipal da Covilhã afirmam-se “bastante chocados” com a falta de condições que constataram durante uma vivita aos “pavilhões oficinais da autarquia, nomeadamente na mecânica, serralharia e carpintaria”, destacando-se “os balneários, sanitários e refeitórios”. A denuncia foi feita por Pedro Farromba, na reunião publica da autarquia na última sexta-feira.

Segundo o vereador são condições “que nos deviam envergonhar a todos” e que, certamente, “justificam os surtos de Covid-19 que ali já existiram”.


Pedro Farromba não tem dúvidas que, face à falta de condições de “higiene, segurança e salubridade”, “se estes fossem privados estariam encerrados”.

Descreve um refeitório com poucas mesas, que obriga a que os trabalhadores comam vários por mesa, os balneários não têm condições, os cacifos amontoam-se. Acrescenta que já há trabalhadores que não usam os balneários devido a estas condições.

Afirma ainda que os pavilhões “não têm condições de ventilação, iluminação e climatização para os trabalhadores desenvolverem ali o seu trabalho”.

O vereador questiona a verba “insuficiente inscrita no orçamento municipal para resolver esta questão, apenas 20 mil euros”, e pede que a autarquia entregue aos vereadores da oposição os relatórios de auditoria de higiene e segurança no trabalho de 2019, 2020 e 2021.

Vítor Pereira, reconhece esta realidade, “as condições são más, infelizmente”, refere. Destaca que “não se despreza nem desconsidera os trabalhadores”, garantindo que é intenção “dotar aqueles espaços de condições de higiene, saúde e salubridade”. Explica que no orçamento os 20 mil euros previstos servem apara abrir a rúbrica, garantindo que “neste mandato essas obras serão realizadas”, frisando que espera resolver a questão “mais próximo deste início de mandato que do final”.