Mais antigo Ciclo de Teatro Universitário do país regressa à Covilhã dia 17

O 26º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, o mais antigo do país, regressa ao Auditório das Sessões Solenes da UBI, entre os dias 17 e 27 de março.

Como é habitual, será o mais recente espetáculo do TeatrUBI e da ASTA a abrir o Ciclo. “Tirava-te a dor e ficava com ela” estará em cena nos primeiros dois dias.


Rui Pires, responsável pela criação, direção e dramaturgia desta peça, revela que esta se situa “no cruzamento das diversas artes”, misturando várias linguagens artísticas. Será um espetáculo “muito visual” e que “vai ao encontro de um público sobretudo jovem”, destacou o diretor do festival, durante a sua apresentação.

Seguem-se, nos dias 19 e 20, duas companhias espanholas que se deslocam pela 1ª vez à Covilhã: Zig Zag danza, de Gijon, e Maltravieso Teatro, de Cáceres.

No dia 21 sobe ao palco o NNT – Novo Núcleo Teatro – Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa.

Uma das novidades desta edição é a noite dedicada ao cinema, que decorre no dia 22, com a Sessão “UbiCinema Produções” que pretende “dar a conhecer os trabalhos realizados na UBI”, explicou Rui Pires.

O TEUC – Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra apresenta o seu espetáculo no dia 23, no dia 24 é a vez da Maricastaña – Aula de Teatro Universitaria de Ourense e, no dia 25, do ARTE 4 – Estudio de Atores, Madrid.

Dia 26 estreia-se, na Covilhã, a bruxa TEATRO, de Évora.

Todos os espetáculos decorrem às 21:30h, à exceção do último. Com encerramento agendado para o Dia Mundial do Teatro, será lida, antes do espetáculo “Matéria”, da ASTA, a mensagem internacional alusiva a este dia.

Esta mensagem surge de uma iniciativa do Instituto Internacional do Teatro que, anualmente, convida uma personalidade a nível mundial para escrever uma mensagem alusiva ao dia, traduzida em todas as línguas do mundo e, normalmente com caráter político.

“Não podendo ficar indiferentes à atual situação de guerra na Ucrânia” e porque “é o papel da arte, intervir e apoiar nesse sentido”, Sérgio Novo, diretor artístico da ASTA, anunciou que, o bilhete não terá um valor específico, mas sim uma contribuição voluntária a favor da Ucrânia, podendo ser feita em numerário ou em produtos como medicamentos, desinfetantes, mantas, entre outros.

O orçamento do 26º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior é de 25 mil euros e, questionado acerca do espaço onde será realizado, Rui Pires revelou que o Teatro Municipal da Covilhã terá sido solicitado pelo próprio, em novembro, no entanto, “sem resposta”, sendo que a organização teve de “arranjar outra solução”.

“O Ciclo sempre se realizou no TMC até ele fechar para obras”, realçou o diretor, não entendendo os motivos. “Não sei se o nosso trabalho não é digno de estar ali presente”, referiu, concluindo que a Câmara Municipal da Covilhã “apoia-nos para fazer atividades, mas não nos dá um espaço onde as possamos desenvolver”.