Bibliotecas do ensino superior debatem desafios do futuro na UBI

As bibliotecas das instituições de ensino superior (IES) devem alargar o seu leque de ação para promoverem a leitura no geral e não só a científica, defendeu esta manhã, na Covilhã, a presidente do Conselho Nacional da Associação de Bibliotecários, Arquivistas e Profissionais de Informação e Documentação

Ana Alves Pereira falava durante a sessão de abertura do encontro nacional das Bibliotecas do Ensino Superior que, entre hoje a amanhã, reúne cerca de uma centena de participantes na UBI, com o tema geral “Abertura do Conhecimento, Envolvimento da Comunidade, Promoção da Mudança” e com organização da associação a que preside.


Reconhecendo que as bibliotecas das Instituições de Ensino Superior têm tido um papel “fulcral” na área da ciência, destacou o projeto “biblioteca comum”, frisando que “existe um repositório comum a todas, o que é fundamental para o desenvolvimento científico”.

Embora refira que a leitura recreativa “não costuma ser a principal e primeira preocupação”, vinca que incluir nas coleções “obras de literatura e banda desenha”, por exemplo, pode ser importante para a “formação cultural” de um estudante do ensino superior, para além da sua “formação técnica e científica”.

Na sessão de abertura participou ainda Mário Raposo, reitor da UBI que, partindo da premissa que a sociedade atual assenta na “informação e conhecimento”, defende que nesta matéria a biblioteca universitária tem um papel fundamental.

Destacou os novos desafios do bibliotecário, que lida cada vez “com mais informação para tratar”, com cada vez “maior rapidez e uma maior exigências dos utilizadores, que requerem de um bibliotecário uma atitude mediadora, proativa e critica bem como competências que vão além do seu papel tradicional”.

Frisa que a UBI se orgulha de ter uma biblioteca “jovem e moderna” e que tem feito todos os esforços para a dotar “com os recursos necessários à sua missão formativa ao nível humano, cultural, científico e técnico”, que contribuem para a criação de “ambiente de estudo e investigação”.

O diretor da biblioteca da UBI, Luís Pires, considerou o tema em análise no encontro “interessante e atual”, afirmando que “encontros como este podem ser catalisadores da mudança que ainda é precisa”, tanto no trabalho desenvolvido pelas bibliotecas como na sua abertura à comunidade, uma abertura que deve ser “recíproca”, defendeu.

Pedro Príncipe, coordenador do grupo de trabalho da Associação para as Bibliotecas de Ensino Superior frisou que este encontro pretende ser “um espaço de motivação para o trabalho e mobilizador dos profissionais para as preocupações comuns, com foco na valorização das bibliotecas das IES”.