Torre de Santo António: Recuperação “é mais que ver para crer”. Projeto vai à próxima reunião da CMC

Ao longo dos anos foram vários os avanços e recuos nas muitas propostas de recuperação da Torre de Santo António, edifício construído na década de 1970, no Bairro de Santo António, na Covilhã, com 20 andares. Uma “volumetria exagerara e que fere a paisagem”, defendeu-se ao longo dos anos, com muitos especialistas, e população, a defender a sua demolição, aliás, algumas das propostas iam nesse sentido.

Nos últimos meses um grupo de empresários adquiriu o edifício ao Banco Montepio, que o detinha, e a sua recuperação já ultrapassou a fase “do ver para crer”, avança o presidente da Câmara Municipal da Covilhã.


“É uma excelente notícia, fiquei muito agradado”, disse Vítor Pereira aos jornalistas, vincando que dos muitos projetos apresentados ao longo dos anos “nunca nenhum chegou a esta fase”, “estamos além do ver para crer”, conclui.

Segundo explicou no final da reunião pública da Câmara Municipal da Covilhã, esta segunda feira, o último contrato de promessa compra e venda que existiu não passou disso, mas “neste caso concreto há uma compra efetiva”, sublinhou.

Sobre o projeto, de que já viu uma apresentação, destaca que “face aos materiais, cores e pelo arranjo urbanístico nos dois últimos andares”, que não quis especificar, “olhando para o prédio, em especial ao longe, percecionamos uma menor volumetria”.

Para além da recuperação/conclusão da Torre o projeto urbanístico é “mais abrangente”. O autarca avança que o grupo de empresários adquiriu os terrenos circundantes, até à denominada estrada do Tortosendo (EN230) e ali irá nascer um conjunto de edificações que ajudarão a esbater o impacto da Torre. “Será criada uma zona habitacional, com um arranjo urbanístico muito interessante e bonito que dará outra vida àquele sítio”, frisa.

Vítor Pereira destaca ainda que a própria autarquia está em negociações, uma vez que há um compromisso financeiro assumido com o Montepio, por um “executivo anterior” de ali criar infraestruturas, nomeadamente, para acessibilidades, saneamentos e abastecimentos, num valor superior 500 mil euros. Uma situação que “está a ser conversada” e de que não quis dar pormenores à comunicação social.

Na reunião de Câmara, o vereador com o pelouro do urbanismo, José Armando Serra dos Reis mostrou-se convicto que o projeto estará pronto a ser incluído na próxima reunião privada da autarquia, que terá lugar em julho, havendo ainda uma parte que terá que ser aprovada pela Assembleia Municipal.