Em declarações na conferência de imprensa, o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, destacou três prioridades definidas no combate ao incêndio, sendo a primeira a intervenção na frente mais ativa, voltada para a Atalaia, e a segunda passa pela consolidação da frente a Este, que “vem da Guarda para o concelho da Covilhã”. A terceira prioridade diz respeito à extinção da frente a Norte, voltada para as localidades de Meios e de Trinta, que “carecem também desta estabilização, ou seja, garantir que a retaguarda do incêndio se mantém estável”.
O comandante afirma ainda que é “expectável” que as condições meteorológicas durante a noite, como a redução do vento, sejam uma “janela de oportunidade” para a consolidação do incêndio.
De acordo com o comunicado da Proteção Civil da Covilhã, “apesar de todos os meios e esforços, não foi possível conter o fogo no alto do Sarzedo, tendo mesmo já passado para o lado da Atalaia/Gibraltar/Teixoso”, acrescentando que a “situação de Orjais é igualmente grave e na Aldeia do Souto ainda não é segura”.
Durante o dia de hoje foram evacuadas 45 habitações, sendo que, em Vale Formoso, duas casas foram consumidas pelas chamas e uma delas seria de primeira habitação. Foram registados, desde o início do incêndio da Serra da Estrela, 21 feridos ligeiros, onde se incluem os dois bombeiros que seguiam no veículo que capotou hoje na zona de Sarzedo, três feridos graves e 39 assistidos.
Em relação a estradas cortadas ao trânsito, segundo André Fernandes, há cortes na N18-1, M609 e M501.
Estão, a esta hora (20:30), 1322 operacionais no terreno, auxiliados por 415 viaturas e dois meios aéreos.
Fotografia: Fátima Pinto/RTP