A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, informou hoje, em Manteigas, que os incêndios deste ano provocaram prejuízos na ordem dos 85 milhões de euros e afetaram 57 mil hectares em 14 concelhos, nomeadamente os da Serra da Estrela (Covilhã, Manteigas, Seia, Guarda, Celorico da Beira e Gouveia).
Dos 57 mil hectares ardidos 28 mil são no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), disse ainda a ministra numa conferência de imprensa após reunir com os autarcas locais.
Estão ainda incluídos oito concelhos que registaram uma área ardida igual ou superior a 4500 hectares, são eles Carrazeda de Ansiães (Bragança), Mesão Frio (Vila Real), Murça (Vila Real), Vila Real, Albergaria-a-Velha (Aveiro), Alvaiázere (Leiria), Ansião (Leiria) e Ourém (Santarém).
De acordo com a estimativa dos prejuízos identificados até ao momento, há registo de danos públicos e privados, como por exemplo a perda de 14 habitações permanentes, num valor estimado de 1,5 milhões de euros.
A lista dos prejuízos inclui também registo de danos em 36 empresas, com um prejuízo estimado de cinco milhões de euros.
A ministra frisou que a resposta a estes problemas já está no terreno, destacando o montante de 200 milhões de euros que foi aprovado, na quinta-feira, pelo Governo para minimizar os danos causados pelos incêndios em municípios com uma área ardida igual ou superior a 4500 hectares ou 10% da respetiva área.
Ana Abrunhosa referiu que este pacote é composto por um conjunto de medidas de emergência e por medidas de resiliência e competitividade, segundo avança a Agência Lusa.
As medidas de emergência têm um valor de 112 milhões de euros e serão concretizadas até ao final de 2022, enquanto as medidas de resiliência e competitividade, a implementar até junho de 2023, têm um valor de 88 milhões de euros.
Além disso, destacou que grande parte destes apoios será a fundo perdido.
Fotografia de Gonçalo Poço