Quarta Parede celebra 20 anos ao serviço das Artes Performativas na Beira Interior

A Quarta Parede, Associação de Artes Performativas da Covilhã, celebrou esta sexta-feira 20 anos ao serviço das artes e dos cruzamentos artísticos na Covilhã. 20 anos de sonhos, muitos deles concretizados, afirmou o fundador e diretor artístico, Rui Sena. 

Uma celebração que decorreu no Teatro Municipal da Covilhã, a casa que acolheu as primeiras realizações da associação. Uma das primeiras, em 2003, foi a edição 1 do Festival Y, um dos eventos de maior sucesso, que vai na 18ª edição, recordou Sílvia Pinto Ferreira, que também integra a direção artística, sublinhando na sua intervenção inicial “o quanto se cresceu em realizações e público ao longo dos últimos 20 anos”. 


Rui Sena, não tem dúvidas que muitos dos sonhos “foram concretizados”. “Essa vontade de contribuir para a transformação do território através da criação e da programação artística está consolidada. Foi através das inúmeras ações realizadas em tantas localidades deste território e, também, a nível nacional, que somos reconhecidos no país e no estrangeiro”, sublinhou, vincando que “há, ainda, um grande caminho a percorrer”.  

Sobre o futuro Rui Sena, afirma que “pretende continuar a trabalhar no desenvolvimento das diversas disciplinas artísticas neste território”, onde “temos orgulho de trabalhar”, disse. 

José Miguel Oliveira, vereador do associativismo na Câmara Municipal da Covilhã, esteve presente para mostrar o “orgulho” que o município tem no movimento associativo, também, nesta vertente cultural, fazendo “um agradecimento público” pelo trabalho da Quarta Parede. 

Regina Gouveia, que detém na Câmara Municipal da Covilhã as pastas da cultura e ação social, destacou os projetos “importantes e decisivos” que a Quarta Parede tem desenvolvido na área social, na luta contra a desigualdade e em prol do empoderamento feminino. 

“Tem sido muito interessante comprovar que há um caminho a fazer, usando as artes para inclusão, para o empoderamento e para atenuar problemas socias. Estou a falar da violência doméstica e de outros problemas da sociedade. Acredito que a arte tem que estar neste caminho”, frisou a autarca, referindo-se aos vários projetos de criação e mediação artística, em proximidade com as populações locais, que a Quarta Parede tem desenvolvido. 

Nesta cerimónia protocolar de celebração esteve, em representação da Direção Geral das Artes, o subdiretor da estrutura, Pedro Barbosa, que considerou a Quarta Parede “decisiva para a coesão territorial”, reconhecendo, desta forma, o trabalho da estrutura da Covilhã ao proporcionar “o acesso à cultura e a novas linguagens artísticas na Beira Interior”. 

Para “a correção das assimetrias regionais que existem nesta matéria” anunciou um programa, que será lançado até final do ano, com uma dotação financeira de cerca de 1 milhão de euros, para dois euros, para territórios de baixa densidade de oferta cultural, que ainda estão a ser identificados, esclareceu. 

Sobre os apoios às atividades pontuais realçou que é a zona centro a que terá mais apoios no próximo ano. 

As comemorações dos 20 anos da Quarta Parede, têm vindo a acontecer ao longo do mês de outubro, através da programação “Em Transito – artes performativas para novos públicos”, direcionadas para o público escolar e público em geral.  

Ontem ficou online o novo site da associação e teve lugar o concerto Riff Out de Sérgio Pelágio, Mário Franco, Alexandre Frazão e Tomás Marques, também no Teatro Municipal da Covilhã