23 anos CHUCB: Uma história de sucesso que satisfaz mais de 95% dos utentes

O Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, CHUCB, celebrou esta terça-feira, dia 17, 23 anos, numa cerimónia que teve lugar no auditório do hospital Pêro da Covilhã e em que a instituição fez questão de apresentar alguns dos seus “serviços de excelência” que contribuem para “uma história de sucesso”, com uma “taxa de satisfação de mais 95% dos utentes”.

Foi o atual Secretário Geral da ONU, António Guterres, que inaugurou o Hospital Pêro da Covilhã, recordou o presidente do Conselho de Administração, João Casteleiro, no início da sua intervenção na cerimónia protocolar.


Apesar de considerar “saudoso” o “velho Hospital Santa Cruz”, realça que a criação do novo, permitiu alargar horizontes e criar Centro Hospitalar que “une e aproxima os três municípios, Covilhã, Belmonte e Fundão”.

Dos cerca de 70 médicos que existiam em 2000, passou para cerca de 300 em 2022, sendo cerca de 80 internos em formação, sublinhou João Casteleiro, afirmando que “nenhuma instituição evoluiu se não tiver internos”.

Um hospital que junto com o UBI contribuiu para a criação da Faculdade de Ciências da Saúde, afirmou ainda o responsável, vincando que o aumento na qualidade e investigação, junto com a humanização, levam a uma taxa de satisfação e confiança superior a 95%.

“A qualidade, a inovação, o investimento nas novas tecnologias de informação e a investigação fazem hoje parte integrante do nosso quotidiano, mas a humanização continua a ser o ADN da instituição, por isso é que mais de 95% dos nossos conterrâneos confiam em nós e estão satisfeitos com o trabalho que aqui desenvolvemos”, vincou.

Realça ainda que o CHUCB há muito saiu dos seus muros e trabalha junto da comunidade, tem mais de 40 especialidades, algumas únicas na Beira Interior, ainda assim, afirma que “há sempre algo que fica por fazer e novos desafios se perfilam no horizonte”, falando “na crise nas urgências e reorganização dos blocos de partos, bem como na atratividade do interior para jovens médicos”.

Sublinhando que “o SNS tem que ser o garante da igualdade de tratamento para todos”, afirma que não põe de parte os privados, “que têm sido importantes na complementaridade”, defendendo um modelo simbiótico do sistema de saúde.

“Acredito num modelo simbiótico do sistema de saúde, não num sistema parasitário. Não acredito num modelo em que o SNS seja enfraquecido só por exigências economicistas do mercado”, disse.

A “capacidade e o engenho” que o hospital teve ao longo dos anos de “criar um centro de excelência de cuidados de saúde” que faz desta “uma história um sucesso”, foi realçada por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã.

“Ao longo destes anos, este hospital teve a capacidade, a oportunidade e o engenho, mercê dos excelentes profissionais que tem e dos bons dirigentes que teve, criar um centro de excelência de cuidados de saúde. Estes 23 anos são uma história de sucesso. Dir-me-ão que temos carências, que temos alguns problemas, pois bem, isso é inerente às nossas vidas, e todos buscando a perfeição, ninguém a alcança, mas este hospital criou uma imagem impressiva e forte junto da comunidade científica nacional e afirmou-se por mérito próprio”, disse.

Vítor Pereira na sua intervenção saudou a medida “+ médicos” anunciada pelo Ministro da Saúde, sublinhando que permitirá trazer para este Centro Hospitalar mais jovens médicos em formação, afirmando que a vê com “otimismo moderado” quanto ao futuro e no que respeita à fixação de jovens no Interior.

Para celebrar os 23 anos foram apresentados quatro dos programas inovadores da instituição, nomeadamente, o programa de intervenção comunitária em pedopsiquiatria e 16 anos de semana do bebé; a unidade de medicina de reprodução; o voluntariado hospitalar e o serviço de medicina paliativa do hospital do Fundão.

Foi ainda proferida uma conferência sobre Carolina Beatriz Ângelo e Januário Barreto, por Maria Antonieta Garcia, que serviu para evocar dois médicos beirões que fizeram história durante a Iª República.