AM Covilhã exige que Plano Ferroviário Nacional melhore linha da Beira Baixa

A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou, na reunião ordinária de dia 6, uma moção em que se exige que o Plano Ferroviário Nacional inclua, entre outros, melhorias na Linha da Beira Baixa que diminuam o tempo de viagem entre Lisboa e a Covilhã e que esta deixe de ser uma linha de segunda categoria para mercadorias.

“A Assembleia Municipal da Covilhã incentiva o Governo a melhorar o Plano Ferroviário Nacional, incluindo na proposta final medidas que melhorem o serviço na Linha da Beira Baixa”, disse Hélio Fazendeiro, que apresentou a moção em nome do Grupo Municipal do PS.


“O investimento nacional na ferrovia não pode deixar para trás uma região que tem conseguido nos últimos anos atrair empresas de serviços de alto valor acrescentado e tem uma universidade em franco crescimento e com fortes relações científicas internacionais”, sublinha.

No documento destaca-se que “é urgente” a redução dos tempos de viagem, vincando que “o Intercidades da Linha da Beira Baixa é o mais lento do país e é inexplicável que o Plano Ferroviário Nacional não contenha medidas para redução deste tempo”, destacando que “qualquer cidade média do país ficará a menos de 2h30 de uma Área Metropolitana, à exceção da Covilhã e Fundão”.

Considera também, “preocupante”, que na versão do Plano que está em consulta pública, seja “rejeitado um serviço regional de elevada frequência no eixo da Beira Interior, Castelo Branco – Fundão – Covilhã – Guarda, sem que tenham sido publicados estudos ou seja equacionada a possibilidade de as Comunidades Intermunicipais assumirem o serviço”.

“Rejeitamos que um documento estratégico para a política de transportes contribua para os desequilíbrios socioeconómicos do país”, é descrito.

É ainda exigida a integração deste eixo ferroviário nas redes transeuropeias de transportes, sustentado que “estas intervenções devem ter lugar ao longo dos próximos quadros comunitários de apoio, beneficiando do expectável aumento de financiamento europeu para ação climática”.

Apela-se ainda ao Governo que “considere o estudo de uma ligação de alta velocidade, alternativa, para ligação a Espanha, via Plasencia, que maximize a intervenção na Linha da Beira Alta, construindo um troço que derive na Guarda, no sentido sul, passando pela Covilhã e Fundão em direção a Plasencia, onde o Plano Ferroviário espanhol prevê já uma ligação direta a Madrid. Esta opção poderá resultar em tempos de viagem mais curtos entre Porto e Madrid face à alternativa por Guarda – Salamanca – Medina del Campo – Madrid.

A moção frisa que “o Plano Ferroviário Nacional deve contribuir para reduzir os desequilíbrios territoriais, e não o contrário”. A moção foi aprovada por unanimidade.