150 árvores plantadas por crianças dão início ao Bosque Juvenil de Valhelhas

Cerca de 60 crianças, com a companhia dos pais e outros familiares, deram início, no passado domingo, dia 26, ao Bosque Juvenil de Valhelhas, um projeto lançado pela Comunidade Local dos Baldios de Valhelhas, em parceria com a Junta de Freguesia e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Num terreno situado na margem direita do rio Zêzere, entre a praia fluvial e a Serra da Rachada, foram plantadas cerca de 150 árvores, cedidas pelo ICNF, às quais se juntaram outras oferecidas pela Câmara Municipal da Guarda, no âmbito do Dia Internacional das Florestas, e ainda por cidadãos que quiseram associar-se à iniciativa.


De acordo com a Comunidade Local dos Baldios de Valhelhas, cada árvore foi identificada com o nome da criança que a plantou e apadrinhou, ficando esta “responsável” por acompanhar o seu crescimento ao longo dos anos.

Carvalhos e freixos constituem a maioria das plantas escolhidas, tendo ainda sido colocadas na terra outros exemplares de duas espécies autóctones do Perímetro Florestal de Valhelhas — medronheiros e sobreiros da serra — e também liquidâmbar, uma espécie folhosa, originária do continente americano.

Rafael Neiva, do ICNF, explicou que as plantações de primavera podem não ter “uma taxa de sucesso a 100%”, sublinhando, no entanto, que as condições de humidade do terreno escolhido e a rega regular no próximo verão poderão ser fatores importantes para o êxito da iniciativa.

“Cada vez mais as alterações climáticas estão a dividir o ano praticamente em duas estações, com períodos de muito calor e seca e outros de muito frio. A flora ressente-se um pouco. Naturalmente, algumas destas árvores poderão não sobreviver se vier aí muito calor, mas contamos com a dedicação da equipa de sapadores florestais de Valhelhas para que as coisas corram bem”, referiu o especialista, frisando que, em novembro, poderão ser plantadas novas árvores.

A Comunidade Local dos Baldios de Valhelhas pretende que o bosque venha a tornar-se, com o tempo, “não só um lugar de lazer, mas também uma ferramenta pedagógica sobre a flora e a fauna da zona”, avançou em nota de imprensa, dando conta que, em breve, “poderá ainda incorporar um pequeno viveiro que suporte futuras plantações”.