Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior “teve um nível altíssimo”

A 5ª edição do Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior, que decorreu no Teatro Municipal da Covilhã entre 12 e 16 de abril, atingiu “um nível altíssimo”, o que contribui, e muito para o seu prestígio nacional de internacional, garante o maestro Luís Cipriano.

Em declarações à Rádio Clube da Covilhã, o presidente da Associação Cultural da Beira Interior, que organiza o evento em parceria com a Câmara Municipal da Covilhã, mostra-se muito satisfeito com o nível dos 45 participantes nesta edição.


“Os candidatos vieram de países tão diferentes como Brasil, China, Espanha e Portugal, e apresentaram um nível muito elevado e isso é o que me importa mais”, sublinha o maestro. “Fico contente de virem pessoas de outros a países, mas principalmente, fico satisfeito pelo nível que foi apresentado”, frisa, destacando “a categoria C que foi extremamente elevada e muito competitiva”.

Dizer que o nível de um concurso na área da música grangeia prestígio junto de potenciais concorrentes, escolas de música e marcas de instrumentos, o que é vital para os de percussão, em que a organização tem que disponibilizar instrumentos para aquecimento, treino e competição a cada um dos concorrentes.

No caso deste da Beira Interior, é graças a esse facto que as marcas emprestam os instrumentos necessários para a sua realização. “Se assim não fosse, nem com 80 mil euros conseguiríamos pagar o aluguer”, sustenta Luís Cipriano, avançando que no total, entre deslocações, estadias de júri etc., a autarquia suportou 12.500 euros.

Para além da vertente competitiva, como em qualquer concurso desta natureza, é também importante a partilha de experiências. “A ver outros músicos também se aprende”, sublinha Luís Cipriano, sustentando que “num concurso há vencedores e não vencedores, não há vencidos, todos acabam por ganhar aprendizagem” afirma, salientando que “estiveram presentes crianças de muito tenra idade, com 7, 8 anos que, certamente, aprenderam algo novo”.

O responsável pela organização do concurso, que compôs as 5 peças obrigatórias em cada categoria para a primeira fase da competição, chama ainda a atenção para o quão completo tem de ser um executante de percussão.

“Eles têm de tocar variadíssimos instrumentos com técnicas diferentes. Na percussão há técnicas para lâminas, para caixas ou tímpanos, têm de ser multifacetados, claro que depois se sentem mais à vontade num ou outro. A classificação é a média da sua passagem pelos vários instrumentos”, explica.

Os prémios a concurso são, em todas as categorias, instrumentos de percussão, com um valor global de 15 mil euros, sendo que para a categoria D, o 1º prémio é uma marimba no valor de 8.500 mil euros.

A edição 5 do concurso está encerrada, este ano com a particularidade de apresentar um concerto diário, acontecendo sob a forma de festival, algo que se irá repetir na edição 6 que acontecerá daqui a dois anos. Há também a garantia que nessa edição, haverá, em paralelo, uma feira de instrumentos tradicionais com artesãos a mostrar como se constroem esses instrumentos e ao mesmo tempo a vender.

Quanto a datas, irá, uma vez mais, acontecer na semana a seguir à Páscoa, avança Luís Cipriano.

Classificação

Categoria A1 (até aos 10 anos)

1º Prémio – Guillem López I Vanyó

1º Prémio – Rodrigo Alves

3º Prémio – Afonso Brandão

Menção Honrosa – João Lima

Categoria A2 (dos 11 aos 12 anos)

2º Prémio – José Miguel Leão Varela

Menção Honrosa – Jorge Pinheiro

Categoria B (13 aos 15 anos)

1º Prémio – Pedro Ferreira Leal

2º Prémio – Guilherme Oliveira

3º Prémio – Gaspar Marques

Categoria C (16 aos 18 anos)

1º Prémio – Manuel João Dias

2º Prémio – Afonso Mata

3º Prémio – João Fialho

Categoria D (19 aos 30 anos)

1º Prémio – Tomás Moital

2º Prémio – Francisco Guerreiro

3º Prémio – Ta-Hsiang Liao

Menção Honrosa – Jaime Pereira