“A Cegonha”. Nova obra de Pedro Leitão é mais um grito contra o desperdício e pela sustentabilidade

Está no novo “ninho” a nova obra de arte urbana do artista covilhanense Pedro Leitão, “A Cegonha”.

Está junto à Escola Quinta das Palmeiras uma vez que foi elaborada em colaboração com alunos daquele estabelecimento de ensino, no âmbito das comemorações da Semana da Europa, que foi dinamizada pelos alunos Embaixadores do Parlamento Europeu e integrada no Projeto Cultural da Escola, do PNA.


 A obra utiliza o lixo como matéria-prima, é feita com desperdício, que os próprios alunos ajudaram a recolher

Segundo explica o artista, citado pela escola, o processo criativo da obra está associado às ideias de Europa Unida, Europa Continente, Europa Solidária, Europa Democrática, pois a cegonha é, na sua perspetiva, a ave migratória que todos os anos se desloca do Sul, de terras de África, e encontra neste Continente uma “porta aberta” que a recebe.

Explica que esta está associada à ideia de vida, é uma ave altruísta porque cuida das outras, fiel porque mantêm o mesmo parceiro toda a vida, adaptável porque nidifica no chão, em penhascos, em árvores, em postes, em construções humanas e “sustentável” porque constrói o seu ninho utilizando lixos e desperdícios.

A obra foi agora colocada em local público e visível, fora dos portões da escola.

Pedro Leitão, em recente entrevista ao programa “Manhas da RCC”, realçou que estas são mensagens que gosta de passar aos miúdos que o visitam enquanto trabalha.

“Alerto-os para a vida animal, para o prazer da natureza e alerto-os, da maneira que posso, na forma mundana de usar as coisas, digo que não vale a pena estar a colecionar brinquedos, e tento falar sempre do risco do desperdício, principalmente dos plásticos”, disse.

Pedro Leitão explica que faz muitas esculturas nos locais onde ficam instaladas e durante o processo criativo é visitado por escolas e por habitantes locais, e regista com agrado que muita gente primeiro estranha, mas depois colabora e vai voluntariamente entregar os mais variados objetos que integra nas obras.