Depois do tribunal desportivo Sporting da Covilhã segue para tribunal administrativo

O Sporting Clube da Covilhã vai “até às últimas consequências” no caso das irregularidades que denunciou na providência cautelar interposta no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).

Apesar de o juiz ter considerado que a razão não estava do lado dos leões da serra, o Sporting da Covilhã está convicto do contrário e já entregou o caso no Tribunal Administrativo.


“A providência cautelar aconteceu porque tínhamos a certeza que havia irregularidades”, disse Paulo Rosa quando questionado sobre o tema no final da assembleia geral desta segunda feira.

O vice-presidente do clube afirma que “não há só uma irregularidade, há mais. Na providência falamos numa, porque está mais que provada”, afirma.

Paulo Rosa não tem dúvidas que, face a esta e outras situações, “a Liga é uma mentira”. “Que o diga o Marítimo, que interpôs duas providências cautelares, que na nossa opinião tem razão, que o dia a B SAD em relação ao Länk Vilaverdense, que na nossa opinião também tem razão”, sustentou.

O dirigente do Covilhã concluiu que “quando os regulamentos da própria Liga, aprovados pela própria Liga, não são para cumprir, para nós, a Liga é uma mentira”, disse.

Paulo Rosa dá como exemplo o que aconteceu com o Gil Vicente, que passados dez anos teve razão, para afirmar que o Sporting da Covilhã vai até às últimas consequências no caso, pois está convicto que tem razão.

“Vamos continuar porque temos a certeza que temos razão, relativamente à irregularidade que detetámos e que, aliás, foi provada”, disse.  

“A Liga levanta questões de interesse público dos campeonatos, mas não há nenhum interesse público que se possa sobrepor a irregularidades, regulamentares ou de lei, e iremos para a frente tal como fez o Gil Vicente”, disse.

Recorda que “António Fiúza andou dez anos a caminho dos tribunais e conseguiu que fosse reposta a legalidade, foi para a primeira divisão e foi ressarcido dos prejuízos que teve”.

Recorde-se que o Covilhã avançou com uma providência cautelar junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a sua validação do processo de licenciamento do Leixões na II Liga, por entender que esta estava ferida de irregularidades.