Covilhã: Estacionamento pago a partir de 2 de outubro. Mobilidade suave já tem regulamento

O estacionamento vai começar a ser pago na Covilhã a partir de dia 2 de outubro, disse Vítor Pereira na reunião da Assembleia Municipal que decorreu ontem, ao longo de todo o dia, no Auditório Municipal.

O autarca anunciou a data depois de, por várias vezes, se ter abordado o tema mobilidade na Covilhã, tanto a mobilidade suave como os transportes públicos.


Sobre os transportes a maioria das questões prende-se com os transportes escolares, com queixas de que há alunos que não têm passe e que não são, por isso, transportados.

Vítor Pereira, à semelhança do que já tinha feito na sexta-feira na reunião de Câmara (noticia AQUI), deixou claro que os responsáveis pela empresa concessionária garantem que as ordens que deram aos motoristas é que “nenhum aluno fique na paragem”.

Mais quente foi a questão custos com estacionamento à superfície. Depois de as tarifas terem sido aprovadas na reunião de câmara de sexta-feira (noticia AQUI), o grupo municipal do PSD na Assembleia Municipal entregou uma proposta de recomendação para, entre outros rever essas tarifas.

Vanda Ferreira, que apresentou o documento, disse que este tinha “as angústias dos covilhanenses” e nele pede a revisão imediata do tarifário do estacionamento, por ter preços “incomportáveis”; a revisão de percursos e rotas de autocarros; a criação de mais pontos de carregamento de passes; a substituição imediata de abrigos de passageiros; a revisão do tarifário nos silos-auto; aumento do número de avenças disponíveis no silo auto do Pelourinho e a alteração da tipologia de alguns autocarros.

Na discussão Fernando Pinheiro, eleito da coligação “A Covilhã tem Força”, recomendou ainda que se analise os horários dos transportes escolares uma vez que há queixas de encarregados de educação de que estes não servem os alunos.

Mais critico foi o PS. Pedro Bernardo sublinhou que esta é uma proposta “populista, demagógica e irresponsável” para promover o medo e a contestação sobre o sistema de mobilidade da Covilhã.

“É populista quando recomenda a substituição de abrigos, quando o presidente da Câmara já o exigiu, quando pede o aumento do número de avenças e já foi explicado que isso decorre da indisponibilidade do silo do Sporting, quando pede mais postos de venda quando já foi dito que a concessionária colocará postos de venda nas freguesias que se mostrem disponíveis e quando pede a revisão de tarifas quando são as mesmas de quando o PSD era governo na Covilhã”, disse.

Vítor Reis Silva (CDU) concordou com o texto apresentado vincando que “as medidas são necessárias e é preciso que se implementem”.

A proposta acabou chumbada com 24 votos contra, 4 abstenções e 12 votos a favor.

Já no decorrer da ordem de trabalhos da reunião, foi aprovado por maioria o regulamento de utilização de veículos para a mobilidade suave.

Na discussão do ponto ouviram-se novas críticas. Fernando Pinheiro (A Covilhã tem Força) mostrou-se “cético quanto a esta mobilidade”.

Aponta que pode ter benefícios ambientais, mas dá conta que cerca de 500 mil euros de custos seriam mais uteis noutros itens, como por exemplo em autocarros elétricos, avançando que nada tem a apontar quanto às regras de utilização.

Vítor Reis Silva (CDU) sugeriu que no articulado fosse acautelado que os preços são fixados pela autarquia.

Adolfo Mesquita Nunes (CDS) questionou se nessa matéria a Câmara dá garantia que os preços têm critérios sociais e culturais que a Câmara tem que acautelar.

Vanda Ferreira (PSD) apontou que este Grupo Municipal vota contra porque entende que “a Covilhã não está preparada para a utilização eficaz deste tipo de mobilidade”, apontando que a “orografia da Covilhã exigia um projeto de implementação feito com outro cuidado e rigor”.

Em nome do Grupo Municipal do PS Pedro Bernardo vincou que o regulamento “dá garantias de segurança não só aos utilizadores, mas também aos que não o são”, tendo em conta os problemas que aconteceram em cidades como Porto e Lisboa.

No que diz respeito aos preços Vítor Pereira garante que estes não podem ultrapassar os que a tabela que está no caderno de encargos, sendo atualizada com a inflação.

Avança que haverá uma frota de 120 bicicletas elétricas.