Ministra da Habitação dá o Fundão como “exemplo” do que deve ser feito em prol das famílias

A Ministra da Habitação, Marina Gonçalves, esteve ontem no Fundão em visita ao parque habitacional do Município – ainda em processo de construção ou de finalização – integrado em programas de alojamento e arrendamento acessível, como o 1º Direito ou a Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, que fazem face à crise da habitação vigente.

A primeira visita decorreu no edifício do Antigo Grémio, na Rua José da Cunha Taborda, onde haverão disponíveis 23 alojamentos e cuja obra deverá estar concluída “dentro de dois meses”, revelou Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal. Acompanhada pelo presidente e restantes autarcas, Marina Gonçalves percorreu ainda a Rua da Quintã, onde o Município detém cerca de 100 fogos habitacionais, resultantes de aquisições de casas entre os programas referidos, fazendo dessa artéria a zona onde o Município “concentra a maior fatia da componente de reabilitação”.


Na visita, a ministra referiu o Fundão como um “exemplo daquilo que o Governo tem em concretização no território”, e congratulou a “estratégia [municipal] muito articulada e pró-ativa em franco desenvolvimento de integração da população”.

Esta estratégia, coincidente com as prioridades do Governo relativas ao parque habitacional, assente na construção de habitação nova a custos controlados, na requalificação urbana de habitações desocupadas ou estado de degradação e na requalificação através da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário (ao abrigo do PRR), leva a ministra a afirmar:

“[O Fundão] é um bom exemplo daquilo que podemos fazer e devemos fazer em prol das famílias: identificar as necessidades e identificar o património devoluto, público e privado, que existe no nosso território, reabilitá-lo e colocá-lo ao serviço da população”.

Por seu lado, Paulo Fernandes vincou a importância do pilar da habitação, referindo que “não há nenhuma política de inclusão, de integração, de coesão social que, sem o pilar da habitação como grande músculo de resposta” seja capaz de responder às necessidades.

Apesar das várias intervenções que o Município já efetuou na Rua da Quintã, Paulo Fernandes afirmou que “nunca, até hoje”, o município “teve as ferramentas de política pública que pudessem ir ao tecido habitacional à escala precisa”. “Tendo-as, estamos a a aproveitá-las e esperamos que a fluidez de todos esses processos nos permita, nos próximos anos, ter sucesso em todo este trabalho”, disse.

Durante a visita, Marina Gonçalves deixou a nota de que “reforçar o parque público” é uma das prioridades do executivo. Manifestou ainda o desejo de uma próxima visita “já para conhecer os projetos” que ainda estão em desenvolvimento, e a vontade que de a parceria com o Fundão “continue por muitos e muitos anos para lá do PRR”.