Câmara de Belmonte aprova orçamento da Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social

O plano de atividades e o orçamento da Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social (EMPDS) de Belmonte foram aprovados por maioria na reunião do executivo de quinta-feira, dia 23, com os vereadores da oposição a defenderem a sua dissolução, afirmando que não se justifica a sua existência.

Carlos Afonso (CDU) votou contra os documentos propostos, afirmando que estes “não refletem qualquer estratégia” de desenvolvimento do turismo, apostando em eventos que já “provaram que não trazem nada de novo” como a Semana do Brasil, exemplificou.


O vereador afirma que não se revê numa empresa que gasta 10% dos seus proveitos com a administração, sugerindo que “o pessoal passe para os quadros da autarquia e se dissolva a EM”.

 Uma opinião partilhada por José Mariano (PSD) que defende a extinção da empresa, uma vez que esta se limita a fazer o que “vinha de trás” sem trazer nada de novo. Na votação optou pela abstenção.

Dias Rocha não se mostrou surpreso com esta posição, defendendo, que a Empresa Municipal faz falta e que a sua dissolução não é opção.

Sobre o orçamento para 2024, vinca que os números confirmam a “tendência de recuperação económica e financeira já observada em 2023”.

Sublinha que estão previstas 130 mil visitas à rede de museus de Belmonte, gerando uma receita previsional de 250 mil euros, cerca de 70% das receitas previstas da empresa, o que, “ainda assim não é suficiente para os gastos com pessoal”, detalhou o autarca.

Dias Rocha avança que será estabelecido um contrato programa entre a Câmara Municipal e a Empresa por forma a assegurar a “universalidade e continuidade dos serviços prestados”.

Dias Rocha pede, também, ao conselho de administração da empresa “um esforço adicional para criação e maximização de novas fontes de receitas sustentáveis”, para conseguir “autonomia financeira”, disse.