Fundão contesta exploração de lítio em territórios coincidentes com o Regadio da Cova da Beira

O Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes, anunciou, na passada reunião pública do executivo do dia 30 de outubro, que se reuniu com o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, a propósito da nova zona de expansão de prospeção do lítio no território do Fundão e que o Ministro se revelou “mais aberto” que o anterior para a redução dessa área.

Em causa, segundo Paulo Fernandes, está uma nova zona de prospeção entre o Fundão e Belmonte, de cerca de 200 quilómetros quadrados, cerca de metade dos quais coincidentes com o Regadio da Cova da Beira.


Achando isso “absurdo”, o Fundão contestou junto do ministro, o qual “mostrou abertura para analisar o que poderia ser uma redução dessa área no âmbito da CIMBSE”, disse Paulo Fernandes.

Nessa mesma reunião, houve ainda a oportunidade de falar sobre o ponto de situação da Serra da Argemela, cujo relatório de impacto ambiental já terá terminado. O autarca fundanense garantiu que o executivo iria ser “rigoroso e incisivo na leitura” do estudo, quando o documento entrar em discussão pública.

Afirmou ainda que o Fundão não é um “território de prospeção primária”. Rejeitando os “passivos decorrentes de uma extração”, Paulo Fernandes mostrou que o Estado devia valorizar quem “pretende avançar com outras componentes da cadeia de valor do lítio”.