Um grupo de estudantes da Universidade da Beira Interior (UBI) entregou à reitoria um abaixo-assinado, com cerca de 200 assinaturas, para exigir “mais e melhores residências públicas”.
Em declarações à RCC, José Nave, um dos organizadores da concentração, revelou que, na Covilhã, existem cerca de 600 camas em residências universitárias para os mais de 7 mil alunos deslocados.
“Um rácio muito grave, que coloca praticamente 90% dos alunos deslocados a ter de arrendar quarto ou casa em vez de ter uma alternativa assegurada pelo Estado”, frisou.
Para o estudante, para além de outros gastos, como alimentação e propinas, “a falta de habitação é um entrave na vinda para a universidade, uma vez que nem todos têm meios financeiros para pagar um quarto ou uma casa”.
Mais e melhores residências públicas na Covilhã poderia ser um fator para atrair mais jovens para a Universidade da Beira Interior, frisou José Nave, salientando ainda que a instituição fica, muitas vezes, com vagas por preencher
“Oferecendo melhores condições aos estudantes, poderíamos atrair mais jovens, que sentiriam que estavam a vir estudar com melhores condições e, por isso, talvez escolhessem a UBI, em vez de cidades como Porto e Lisboa, onde os preços da habitação são ainda mais escandalosos”.
Em altura de eleições para os novos órgãos sociais da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), José Nave deixou ainda uma nota para os próximos dirigentes, realçando que a associação “deve ter um papel crucial neste momento de defesa de mais habitação para os alunos, visto que é o papel da AAUBI defender os interesses dos estudantes”.
A manifestação teve lugar ontem, dia 18, em frente à reitoria.