Manuel Frexes demite-se da Distrital do PSD

Manuel Frexes demitiu-se da distrital do PSD, em carta enviada aos militantes, que tornou pública. Na base da decisão “o julgamento em praça pública” de que diz ser alvo, numa alusão à acusação do Ministério Público, que o constituiu arguido por suspeitar de crimes de corrupção e prevaricação, enquanto presidente da Câmara Municipal do Fundão, cargo que exerceu entre 2002 e 2012.

Na carta recorda os muitos anos de vida política e os diversos cargos que desempenhou, afirmando que “fez obra”. Afirma acreditar na máxima que se está na política para a servir e não para se servir, escreve que nunca “fugiu ou deixou de responder pelas suas responsabilidades. Sempre assumi todas as decisões e orgulho-me de todas”, realça.


Afirma que é por estes valores que “não tolera a tentativa de julgamentos na praça pública, sem qualquer acusação. A condenação mediática, sobretudo com um desrespeito pela lei, bem como a incapacidade de cumprir o segredo de justiça”, que considera um “ato vil e cobarde”.

Para Manuel Frexes, “assim não vale a pena estar na política”, afirmando estar de “consciência tranquila” com o seu percurso, “por respeitar o partido e os militantes”, tomou a decisão de “convocar eleições para a Distrital” e não se “recandidatar ao cargo de Deputado, na Assembleia da República”.

Para o atual deputado, eleito pelo círculo de Castelo Branco, “este é um ciclo que se encerra”, escreve na carta, justificando que depois das europeias “é tempo para balanço, para o ciclo que se segue.”