Frei Heitor Pinto: Trabalhos a mais em 21 dias levantam dúvidas à oposição na CMC

Após 21 dias de adjudicação da obra, a Câmara da Covilhã levou à reunião de câmara, para aprovação, o mapa de trabalhos a mais da empreitada de requalificação da Escola Frei Heitor Pinto, no total de 50 mil euros.

“Uma verba demasiado grande para 21 dias de trabalho” estranhou Carlos Pinto, vereador independente, afirmando ainda que “ou a empresa anda a uma velocidade tal, que já chegou ao momento em que constata discrepância entre o contratado e o omisso, ou então já haveria, à partida, algum levantamento destes trabalhos complementares”, concluindo que “o prazo é tão curto que ainda se está na fase de estaleiro e já há trabalhos a mais”.

Não são trabalhos em obra, mas aluguer de contentores para sala de aulas, explicou o chefe da divisão de obras no Município. Segundo Jorge Vieira, “a despesa diz respeito ao aluguer de mais quatro salas, tipo contentor, para realojar turmas durante o período de obra”. Explicou que “no lançamento do concurso, a direção da escola considerou que 4 salas provisórias, a ser instaladas no logradouro e mais 3 a construir no hall seria o suficiente”, vindo a constatar “agora que necessitava de mais quatro”. Uma situação que resulta do facto de ser necessário “desocupar um edifício” completo da escola para se iniciar as obras, explicou ainda o engenheiro.

Recordar que as obras de remodelação da escola representam um investimento total de 3,3 milhões de euros, 2,8 suportados pela União Europeia e 500 mil comparticipados, em partes iguais, pela autarquia e pelo estado.

As obras de remodelação do “antigo liceu” da Covilhã devem estar concluídas dentro de um ano e meio.