CDS: André Reis exige pedido público de desculpas do partido para fazer campanha

André Reis, líder da Comissão Política Distrital de Castelo Branco, reitera que “não existiu nenhum diálogo no processo de constituição das listas de candidatos” neste círculo eleitoral e, após João Pinto de Campelos, secretário-geral adjunto do partido, ter afirmado que se trata de “uma mentira descarada”, André Reis garante que só fará campanha ao lado do partido nas Legislativas de 30 de Janeiro caso a direção nacional, liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, apresente, publicamente, um “pedido de desculpas”.

“Sabemos que a escolha do cabeça-de-lista cabe à direção nacional do partido. E nem sequer está em causa a escolha por Maria Inês Moreira, que é um nome que a distrital até admitia aprovar. A questão diz respeito, isso sim, à falta de diálogo que se verificou ao longo de todo o processo. O tempo foi passando e, sem contactos por parte da direção nacional do partido, a distrital de Castelo Branco decidiu tomar a iniciativa e apresentar uma proposta de lista, que fez chegar aos dirigentes nacionais no dia 11 de dezembro. Com surpresa, somente fui contactado por João Pinto de Campelos na véspera do Conselho Nacional, altura em que as listas seriam aprovadas, não para dialogar, mas apenas para me dar conhecimento dos nomes que tinham sido escolhidos”, refere André Reis.


Após tomar conhecimento da decisão, André Reis contactou diretamente Francisco Rodrigues dos Santos, mas “Chicão” ter-se-á revelado “irredutível”. A direção da distrital do CDS-PP de Castelo Branco admite que, nos últimos meses, manifestou apoio a Nuno Melo na corrida à presidência do partido, mas André Reis afasta qualquer relação entre os dois acontecimentos. “Em Castelo Branco, não confundimos lealdade, com fidelidade. É verdade que apoiamos Nuno Melo, mas se o processo tivesse sido conduzido de forma correta continuaríamos ao lado da atual direção do CDS-PP, participando na campanha das próximas Legislativas. Desta forma, infelizmente, isso não será possível”, diz.