Semana Criativa: Enfoque na cultura e criatividade é caminho para desenvolvimento sustentável

Para assinalar o 1º aniversário como Cidade Criativa da UNESCO, na área do Design, a Covilhã instituiu o dia 8 de novembro como Dia Municipal da Cultura, que fica marcado pelo arranque da primeira Semana Criativa.

Na sessão de abertura dos trabalhos, que decorreu hoje no Salão Nobre dos Paços do Concelho, Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal, fez o resumo das atividades realizadas ao longo deste primeiro ano, vincando que “o enfoque na cultura e na criatividade, como caminho estratégico para o desenvolvimento sustentável do território, vem sendo crescentemente assumido como uma responsabilidade política e coletiva”.


O autarca afirma que esta Semana Criativa se assume como o principal marco de programação cultural no âmbito da Cidade Criativa.

Um ciclo de conferências no âmbito do Industrial, que começa amanhã às 10:00, palestras diversas, exposições e concertos, compõem o programa desta semana que termina com a visita do ministro da Cultura e a inauguração do Museu da Covilhã na segunda-feira, dia 14.

“Um programa diversificado” refere o autarca, que vai ao encontro dos objetivos que a Covilhã pretende atingir enquanto integrante da rede de cidades criativas da UNESCO.

“Promover o acesso á cultura contribuindo para a democratização do consumo ou fruição de produtos, conteúdos e espaços culturais, priorizando públicos socioeconomicamente menos favorecidos e com necessidades especificas. Consciencializar a comunidade em geral e particularmente os jovens sobre a relevância da relação entre cultura e criatividade e mudança e desenvolvimento, conquistando e fidelizando públicos”, elencou Vítor Pereira

Para o autarca, “repensar, ou pensar a cultura, colocando-a como princípio fundamental de todas as políticas de desenvolvimento, implica mudar paradigmas políticos e sociais” que só coletivamente se poderão atingir.

Paulo Serra, vice-reitor da UBI, participou nesta sessão e aproveitou para sublinhar o papel da UBI e da autarquia enquanto parceiros na Cidade Criativa, afirmando que “o projeto foi bem-sucedido e agora é preciso pô-lo em prática, porque contribui para a economia criativa e inovação social e cultural, o que é fundamental para as sociedades”, disse.

Armindo Jacinto, presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Cidade Criativa da UNESCO na área da música, sustentou que o investimento na cultura ajudou, no seu concelho, a inverter a política de despovoamento.

Afirma que se trata de “um investimento de retorno económico, cultural e social que tem contribuído de forma significativa para o objetivo de inverter o processo de despovoamento. Desde 1950 perdemos 70% da população e, felizmente, com todos estes investimentos, nomeadamente na área da economia criativa, economia verde e na cultura, conseguimos inverter este processo e desde 2019 temos fluxos migratórios positivos e estão a crescer de uma forma significativa”, sublinhou.

“Em Idanha gostamos de «semear tradição e colher inovação»” afirmou, avançando que é um mote que se “aplica a diferentes áreas e de uma forma significativa à cultura”.

Esta primeira semana criativa da Covilhã decorre até dia 14, pode consultar o programa completo da semana AQUI e seguir as palestras on-line na página de facebook Covilhã Cidade Criativa.