Manifestantes na Covilhã exigem vida digna e trabalho com direitos

Cerca de uma centena de manifestantes participou na marcha promovida pela União dos Sindicatos de Castelo Branco no dia de indignação nacional. Nas palavras de ordem ditas ao longo do percurso, entre o Jardim Público e a Praça do Município, passando pela Garagem de São João, pedia-se aumentos salariais, estabilidade no emprego e respeito pelos direitos dos trabalhadores para uma vida digna.

Já na Praça do Município foram vários os dirigentes sindicais que prometeram luta. os Professores da Região Centro prometem grande presença na manifestação nacional de amanhã, em Lisboa, alinhando com a luta da FENPROF.


O sindicato têxtil pede aumento dos salários e do subsídio de alimentação afirmando que “se o contrato coletivo não avançar” a luta “será forte”.

Sérgio Santos, Coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco, disse que a ação, dá expressão ao descontentamento geral e força à reivindicação de uma vida digna.

“A presença de todos hoje aqui, nesta grande ação marcada pela União de Sindicatos, dá expressão ao descontentamento e força à reivindicação urgente do aumento de salários e pensões, e de combate ao aumento do custo de vida, num momento de extraordinária dificuldade para a maioria da população”, vincou.

Injustiça, desigualdade, ataque aos direitos, degradação do poder de compra, foram algumas das expressões utilizadas para descrever a situação do país e região, afirmando que o Governo “não responde aos problemas estruturais do país” e avança com “medidas muito insuficientes”, concluindo que “os acordos negociados, tanto para o setor privado como para o público, são um engodo”.

Num quadro muito difícil para a região, a USCB exige respostas imediatas face ao aumento do custo de vida, nomeadamente “aumentos dos salários e pensões no imediato, fixação de limites máximos nos preços de bens e serviços essenciais e impostos sobre os lucos colossais das grandes empresas.

Especificam que o aumento dos salários deve ser de, pelo menos, 10% e não inferior a 100 euros para todos os trabalhadores e que o salário mínimo deve subir para 850 euros, com efeitos retroativos a janeiro.

Exigem ainda 35 horas para todos, reposição do direito de contratação coletiva, combate à desregulação de horários e o combate à precariedade laboral, bem como a reposição da idade legal da reforma nos 65 anos, frisou o sindicalista.

A reposição do PART, com descontos efetivos para os utentes dos transportes e a abolição de portagens na A23 e A25, foram outras das reivindicações sublinhadas por Sérgio Santos, na intervenção final deste dia de luta convocado pela USCB.