Grande parte das escolas da região encerradas devido à Greve Nacional dos Professores

A Greve Nacional dos Professores e dos Educadores, que decorreu ontem em todo o país, teve uma adesão superior a 80%, com 90% das escolas a não terem aulas, avançam as organizações sindicais do setor. Na região, os números foram semelhantes e foram poucas as escolas onde houve aulas a decorrer.

Na Covilhã, apenas o Agrupamento de Escolas do Teixoso e o Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã tiveram algumas aulas. Ainda assim, a percentagem de adesão à greve foi de cerca de 50% em ambas.


Em comunicado, as organizações sindicais dizem que os números da adesão “não deixam dúvidas de que os professores e os educadores não toleram a forma como são destratados pelo Primeiro-Ministro, pelo governo em geral e os ministros das Finanças e da Educação em particular”.

Acusam também “a maioria do PS” de ter “chumbado todas as iniciativas parlamentares que visavam valorizar uma profissão que, a não ser valorizada, perderá ainda mais profissionais e não atrairá os jovens”. Por este motivo, os sindicatos dizem que a luta dos professores “não é apenas sua, mas de todos os portugueses”.

As organizações sindicais que convocaram a greve – ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU – aguardam agora a proposta de Orçamento do Estado para 2024 que será entregue na Assembleia da República no próximo dia 10.

“Se houver disponibilidade para iniciar, progressiva e faseadamente, a resolução de problemas que se arrastam e agravam pela falta de soluções, o Ministério da Educação contará com a inteira disponibilidade dos docentes e das suas organizações sindicais para dialogar e negociar”, dizem. Caso contrário, deixam o aviso de que “a luta vai continuar, tão ou mais forte do que no ano letivo transato”.

Fotografia: imagem ilustrativa.