A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, realçou hoje que as portagens nas Ex-SCUTs são um “verdadeiro custo de contexto” para a região e que “é obrigação do Governo cumprir a promessa que tem no seu programa de sua redução progressiva e gradual”.
Ana Abrunhosa falava na Santa Casa da Misericórdia da Covilhã durante uma visita às obras da futura residência sénior para pessoas com demência, em que o tema portagens foi introduzido por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, que embora anunciasse “que não é dia para falar deste tema” não deixou de recordar a penalização que as portagens representam para a região.
Ana Abrunhosa sublinha o “verdadeiro custo de contexto das postagens”, reconhecendo que “não há alternativas nestes territórios, nem de outras vias nem em termos de transportes públicos coletivos.
“Aqui as portagens são um verdadeiro custo de contexto, porque não temos alternativas. Não há alternativas às Ex-SCUT, não há vias rodoviárias alternativas, seguras, e não temos transportes coletivos, que podem ser alternativos ao uso do veículo próprio. Por estes motivos é nossa obrigação cumprir a promessa do Governo”, disse.
A ministra fez ainda alusão aos protestos que se têm verificado, e manifestação agendada para amanhã em Lisboa, sublinhando que “tem o maior respeito por estes protestos”, defendendo que as gentes desta região têm que fazer ouvir a sua voz. “É bom que nos desassosseguem”, disse.
“Não tendo eu esta pasta na orgânica do Governo, assumi para este território esta luta. As contas estão feitas, agora é uma decisão política”, referiu.
Em última nota detalhou que “os governantes têm que vir aqui prestar contas e tirar consequências do cumprimento, ou não, das promessas que são feitas, porque não nos podemos lembrar destes territórios só na hora das eleições e das campanhas”, concluiu.