Exploração de lítio na Argemela volta à ordem do dia. CMC quer reunião entre empresa e autarcas

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, CMC, quer sentar à mesma mesa todos os envolvidos em nova intenção de prospeção de lítio na zona da Argemela, avançou durante a reunião pública da Câmara Municipal da Covilhã.

O autarca defende que a empresa “deve explicitar” o que pretende, perante todos os cidadãos daquela zona e aos presidentes de junta, nomeadamente de Barco/Coutada, Lavacolhos e Silvares, bem como aos presidentes de câmara da Covilhã e Fundão, razão pela qual está a “diligenciar” no sentido de promover uma reunião em que, para além dos autarcas, estejam também elementos do Grupo de Preservação da Serra da Argemela, especificou.


O tema foi introduzido na reunião de câmara, no período antes da ordem do dia, por Pedro Farromba, líder da bancada da coligação Juntos Fazemos Melhor, que, mostrando preocupação com esta nova intenção da Neomina, questionou o presidente da câmara sobre o dossier, afirmando, ainda, que tal como no passado aconteceu, “devemos estar unidos contra este ataque que vai ser feito ao território, para mitigar o que possam ser as consequências para as populações destas zonas”, disse.

Recordar que, em comunicado tornado público no final de setembro, a Neomina – Minérios Argemela, do grupo Almina, anunciou que vai dar continuidade aos trabalhos preliminares com vista à futura exploração mineira da Argemela, nos concelhos da Covilhã e do Fundão.

No mesmo documento a empresa informa que a realização de sondagens na área de concessão, e de outros estudos complementares, arrancam em outubro, sendo que os trabalhos no terreno, para a execução de sondagens e recolha de amostras, avançam em simultâneo com o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), com o objetivo de “avaliar possíveis impactos ambientais, diretos e indiretos”, bem como definir medidas para os evitar ou minimizar.